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COP30 em Belém: Luxo climático?

Água a R$ 25 e almoço a R$ 70 chocou participantes da conferência na capital paraense, levantando questionamentos sobre a acessibilidade do evento.

A Conferência das Partes (COP30) da ONU sobre Mudanças Climáticas, sediada em Belém, no coração da Amazônia, tem sido palco de discussões cruciais sobre o futuro do planeta. No entanto, o tema que surpreendeu e gerou desconforto entre participantes não foram as metas climáticas, mas sim os preços elevados praticados dentro do complexo da conferência.

Relatos de delegados, ativistas e jornalistas que circulam pelo evento apontam para um custo de vida exorbitante. O item mais básico, a água mineral, chegou a ser vendida por R$ 25,00 a garrafa, enquanto uma refeição simples de almoço, em sistema de buffet ou prato feito, não saía por menos de R$ 70,00.

“É um choque de realidade. Estamos aqui para discutir a crise climática global, mas esses preços tornam o evento inacessível para muitos, especialmente para representantes da sociedade civil e ativistas de países em desenvolvimento,” desabafou um participante sob anonimato. A diferença de custo contrasta drasticamente com a média de preços praticados fora da zona da conferência na capital paraense.

Os altos valores levantam questões sobre o modelo de negócios adotado pelos fornecedores e a organização do evento, que deveria ser um ponto de encontro global de diálogo inclusivo. Para muitos, a onerosidade da alimentação e hidratação obrigatória dentro do espaço da COP30 pode minar a participação efetiva de grupos que não possuem orçamentos robustos, transformando o evento em um ambiente de “luxo climático”. A organização da COP ainda não se manifestou oficialmente sobre as reclamações.


Da redação Midia News

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