O governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), elevou o tom das críticas ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e ao sistema judiciário em declarações recentes que causaram forte repercussão no cenário político nacional. A principal pauta do ataque foi a segurança pública e a alegada “passividade” diante de organizações criminosas e atos de violência.
Castro afirmou categoricamente que o Rio de Janeiro está na linha de frente do combate ao crime organizado e que o apoio federal e a postura do Judiciário são cruciais para o sucesso das operações. “Não aceitarei mais o Judiciário apoiando terroristas. Isso é inaceitável para o nosso estado e para a sociedade fluminense”, disparou o governador, referindo-se a decisões judiciais que, segundo ele, têm beneficiado indivíduos ligados ao crime e minado os esforços das forças de segurança.
As declarações sugerem uma escalada na tensão entre o Poder Executivo estadual e as esferas federais, notadamente o Judiciário, em um momento em que a segurança pública é pauta central. A crítica do governador se soma a um coro de vozes que defendem uma maior rigidez nas leis e nas penas para crimes graves, sobretudo aqueles que envolvem o domínio territorial e a violência extrema.
O Palácio Guanabara, sede do governo fluminense, tem mantido uma postura de enfrentamento, buscando responsabilizar as instâncias federais por aquilo que considera ser uma “visão branda” sobre a criminalidade. A reação do governo Lula e dos tribunais superiores a essa investida ainda está por ser vista, mas o embate promete acirrar ainda mais o debate sobre a autonomia dos estados na segurança e os limites da atuação judicial em casos de crime organizado.
Da redação Midia News
