
A atuação proeminente da primeira-dama, Rosângela da Silva, a Janja, durante a Cúpula do Clima das Nações Unidas (COP30), realizada em Belém (PA), tem sido marcada por um protagonismo que extrapolou as funções protocolares, causando desconforto entre algumas autoridades brasileiras. Janja não apenas participou de eventos centrais, como também ocupou posições de destaque, por vezes mais visíveis do que ministros de Estado e até presidentes de outros Poderes.
Nomeada como enviada especial para o tema de engajamento de mulheres na COP30, sua presença foi constante ao lado do Presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em sessões de alto nível e encontros diplomáticos. Fontes indicam que o espaço concedido à primeira-dama, que a colocou na primeira fileira ao lado do presidente em momentos-chave, enquanto líderes do Congresso Nacional e do Supremo Tribunal Federal (STF) eram alocados na segunda fila, gerou questionamentos internos sobre o limite da sua atuação e o protocolo de representação do Estado brasileiro. O debate se acendeu em meio à discussão sobre o caráter voluntário de sua participação e o uso de estrutura governamental, levantando a pauta do nepotismo.
O ineditismo de um papel tão central para uma primeira-dama em um evento internacional de tamanha envergadura global coloca luz sobre a dinâmica do atual governo e a crescente influência política de Janja, que se consolida como uma figura ativa na agenda climática e social, mas que, ao mesmo tempo, gera tensão na harmonia entre as esferas de poder.
Da redação Midia News





