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Trump ordena grande operação militar dos EUA na América Latina

Iniciativa “Spear Do Sul” busca conter tráfego de drogas e “narco-terroristas”, elevando tensão regional

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, autorizou nesta quinta-feira o lançamento formal da operação militar da qual o Pentágono deu o nome de Operation Southern Spear. O anúncio foi feito pelo secretário de Defesa, Pete Hegseth, que afirmou que a missão “defende nossa pátria, remove os narco-terroristas de nosso Hemisfério e assegura nosso lar contra as drogas que estão matando nosso povo”. The Independent+1

A operação, liderada pela United States Southern Command (SOUTHCOM), contemplará a mobilização de navios de guerra, fuzileiros navais, aviões de combate e veículos de inteligência em águas do Caribe e do Pacífico oriental — área de atuação que cobre grande parte da América Central e do Sul. Já foram relatados ao menos 20 ataques a embarcações suspeitas de participar de tráfico de drogas, com um total estimado de cerca de 80 mortos até o momento. Al Jazeera+2Newsweek+2

Segundo documentos divulgados, o objetivo central se dirige a redes de narcotráfico que os EUA rotulam como “organizações terroristas”, em particular aquelas associadas à Nicolás Maduro e ao regime da Venezuela. O movimento coincide com a chegada do porta-aviões USS Gerald R. Ford — o maior navio de guerra da Marinha dos EUA — à região para reforçar a presença militar norte-americana. The Guardian+1

A decisão de Trump representa uma escalada expressiva na política hemisférica dos EUA. Até então, as ações de interdição marítima vinham se somar a sanções e pressões diplomáticas, mas agora há, segundo analistas, um claro deslocamento para uma abordagem com viés militar aberto. Alguns especialistas avaliam que o principal alvo pode ser Maduro e suas estruturas no país, embora fontes norte-americanas ressaltem que não há, até o momento, confirmação de incursão em território venezuelano. The Guardian+1

As reações na região foram imediatas e carregadas de apreensão: o governo venezuelano chamou a movimentação de “vulgar ataque à soberania” e mobilizou suas forças armadas em exercício para responder à presença dos EUA. Al Jazeera+1
No Congresso dos EUA já há vozes que questionam a legalidade das operações — tanto por envolver mortes em alto mar quanto por seus efeitos potenciais sobre a estabilidade regional e sobre direitos humanos. Newsweek

Enquanto isso, o governo de Trump sustenta que o combate ao narcotráfico é vital para a “defesa da pátria”, e que a ação militar será mantida até que as redes de tráfico sejam efetivamente desarticuladas. The Independent

Da redação Mídia News

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