
O possível endurecimento das regras ambientais envolvendo a criação de tilápias no Brasil voltou ao centro do debate nacional após a circulação de rumores de que o cultivo poderia ser proibido em algumas regiões. Embora não exista, até o momento, qualquer determinação federal para suspender a produção do peixe mais criado no país, especialistas e representantes do setor afirmam que mudanças regulatórias estão sendo analisadas em diferentes estados e órgãos ambientais.
A preocupação surgiu após novas avaliações sobre o impacto da espécie em áreas de preservação e bacias onde a tilápia não é nativa. Ambientalistas defendem que a expansão desordenada da piscicultura pode provocar desequilíbrio ecológico, favorecendo a proliferação da espécie e afetando peixes locais. Por isso, pressões para revisão de normas estaduais e federais têm aumentado.
Produtores e entidades do agronegócio, por outro lado, argumentam que a tilapicultura é fundamental para a economia e a segurança alimentar. O Brasil é hoje um dos maiores produtores mundiais, movimentando bilhões por ano e gerando milhares de empregos. Eles defendem que o caminho não é a proibição, mas a modernização das regras, com mais fiscalização, tecnologia e protocolos de contenção.
Especialistas ouvidos por técnicos do setor afirmam que, mesmo que haja mudanças nas legislações, uma proibição total é considerada improvável. O que pode ocorrer, segundo fontes consultadas, é a criação de novas exigências para licenciamento, monitoramento e manejo em regiões sensíveis — medidas que podem elevar custos, mas também trazer mais segurança jurídica a longo prazo.
Enquanto governo e entidades debatem, produtores seguem atentos aos próximos passos. A expectativa é de que qualquer alteração passe por consulta pública, garantindo participação de pesquisadores e do setor produtivo.
Da redação Mídia News





