O Vaticano recebeu nesta quinta-feira (20) um pedido formal para iniciar uma investigação contra o Padre Júlio Lancellotti, conhecido por seu extenso trabalho em defesa da população em situação de rua em São Paulo. O documento foi entregue pelo deputado federal Gustavo Gayer (PL-GO), que acusa o sacerdote de crimes como “abuso de poder”, “desvio de finalidade” e “coação de fiéis” no exercício de sua função.
Gayer viajou a Roma especificamente para protocolar a representação junto à Congregação para a Doutrina da Fé e à Secretaria de Estado do Vaticano. A iniciativa do parlamentar ocorre em um momento de intensa polarização política e social, no qual o trabalho de Lancellotti, frequentemente crítico a políticas públicas, tem sido alvo de controvérsias e ataques.
O deputado solicita que a Santa Sé abra um processo canônico para apurar as alegações, que foram amplamente divulgadas por meio de vídeos e reportagens nas redes sociais e mídias conservadoras brasileiras. O Padre Júlio Lancellotti nega as acusações e tem recebido grande apoio de movimentos sociais, ativistas e figuras públicas que defendem seu legado de caridade e assistência.
A entrega do pedido ao centro da Igreja Católica eleva a disputa a um patamar internacional, colocando o sacerdote, figura emblemática na luta contra a aporofobia, no centro de uma potencial crise interna na instituição religiosa. A expectativa agora é sobre a posição que o Papa Francisco e os órgãos competentes do Vaticano tomarão diante da denúncia.
Da redação Midia News
