
Brasília viveu um dos dias mais tensos desde a redemocratização após a prisão do ex-presidente Jair Bolsonaro, ocorrida nas primeiras horas desta sexta-feira. A capital federal rapidamente se tornou palco de protestos, debates acalorados no Congresso e movimentação intensa nos bastidores do Supremo Tribunal Federal (STF), onde aliados e adversários do ex-chefe do Executivo travam agora uma nova disputa jurídica.
Logo após a confirmação da prisão, manifestantes pró e contra Bolsonaro ocuparam áreas próximas à Esplanada dos Ministérios. A Polícia Militar do Distrito Federal reforçou o efetivo para evitar confrontos. Apesar de alguns momentos de tensão, não houve registro de incidentes graves até o início da noite.
No Congresso Nacional, parlamentares bolsonaristas classificaram a prisão como “perseguição política” e anunciaram que pretendem acionar organismos internacionais. Já integrantes da base governista afirmaram que o país vive “a normalidade das instituições”, destacando que as decisões judiciais devem ser respeitadas.
No STF, advogados da defesa de Bolsonaro preparam novos recursos para tentar reverter a decisão que levou à sua detenção. A Corte, por sua vez, mantém silêncio institucional, limitando-se a divulgar a íntegra do mandado e os fundamentos jurídicos que embasaram a medida.
Com o país dividido e a pressão aumentando sobre as instituições, analistas políticos avaliam que os próximos dias serão decisivos para o andamento do processo e para a estabilidade do cenário político nacional.
Da redação Mídia News





