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A incrível história do homem que lutou com uma onça feroz e sobreviveu

O felino saltou duas vezes, o mordendo na cabeça e arrancando parte de seu couro cabeludo, deixando uma cicatriz que ele carrega até hoje.

Em um relato que desafia a credulidade, o pescador esportivo e influenciador sul-mato-grossense Anderson Guedes detalhou o dia em que sobreviveu a um ataque brutal de uma onça-pintada, ocorrido há cerca de 20 anos na densa Floresta Amazônica, em Rondônia. O episódio, que o deixou com graves sequelas e cicatrizes pelo corpo, ressurge em audiência após casos recentes de ataques de felinos na região.

Anderson pescava sozinho em um barranco, próximo ao Rio Mucuim, enquanto seus dois amigos seguiam por outro ponto. O clima de repente mudou: a mata silenciou, os pássaros pararam de cantar e, logo em seguida, os macacos começaram a pular freneticamente nas árvores. O pescador relata ter sentido um odor forte de carniça e o som de passos leves.

A onça-pintada surgiu em um movimento rápido e fatal, em pose de ataque, “arrepiada como um gato prestes a atacar”. Anderson mal teve tempo de reagir. O felino saltou duas vezes, o mordendo na cabeça e arrancando parte de seu couro cabeludo, deixando uma cicatriz que ele carrega até hoje.

Em um desespero instintivo, Anderson tentou chegar à água e se defender, enfiando a mão esquerda na boca da onça. Foram 30 segundos de intensa agonia, com o animal mordendo e arranhando sem parar. Ao avistar sua faca cravada ao lado, ele a puxou, mesmo com a mão já dilacerada.

O pescador narra que conseguiu golpear o felino três vezes com a lâmina. O terceiro golpe foi fatal. A onça cuspiu sangue e, ferida, fugiu para a mata. Anderson afirma que, naquele momento, o único pensamento era: “Cara, você está vivo!”.

Gravemente ferido e com os dedos da mão esquerda quase decepados, Anderson mal conseguia enxergar por causa do sangue que escorria para os olhos. Ele gritou por socorro, e seus amigos, que inicialmente pensavam que ele havia fisgado um peixe grande, vieram ao seu encontro. Um deles chegou a desmaiar ao ver o estado do pescador.

Com a ajuda de um sitiante e sua esposa, que estancaram o sangue com panos e toalhas, Anderson foi levado a um hospital público. O Dr. Lima, que o atendeu, precisou convocar a equipe para realizar múltiplas suturas. O pescador recebeu alta apenas dois dias depois e, meses mais tarde, teve de volta a faca que ficou cravada na onça – o animal havia sido abatido devido ao ferimento.

Apesar do trauma e de carregar as marcas da onça e de outros ataques (incluindo uma capivara, que ele classifica como mais perigosa), Anderson Guedes, o “colecionador de ataques de animais selvagens”, mantém-se fiel à vida na natureza, mas agora com redobrada cautela.

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