Na recente entrevista dada a um tal Vasconcelos Quadros, em Brasília, um pesquisador da Universidade Federal de MS, cujas trabalhos demandam recursos públicos e tem a chancela da Academia Científica do nosso Estado de MS, só faltou o hino da Internacional Socialista e a imagem da foice e martelo para ilustrar o seu propósito de criar um ambiente propício a especulações sobre a ocupação da planície pantaneira “Achando” que o Pantanal vai acabar até o ano de 2070, o cientista entrevistado, utilizando a desmoralizada retórica marxista vai analisando ad nausean as razões pelas quais ele” acha” que o Pantanal desaparecerá do mapa.
Selecionei alguns trechos do seu trabalho, publicado em revista acadêmica onde extravasa sua perspectiva do Apocalipse pantaneiro e algumas das pragas que o próprio escolheu e que explicariam esse caos ambiental que se aproxima. 11 Pecuária capitalista e concentração fundiária”.
Então abandonaremos todo o sistema que rege a nossa economia e adotaremos as fazendas comunitárias que mataram de fome o povo russo é os demais que caíram no engodo socialista? Quanto a concentração fundiária, seria mais apropriado que estudasse a história da ocupação do Pantanal.
–“A água desapareceu 97% em mãos privadas.” Ora, pois se a planície está em altíssimo percentual em mãos privadas, como poderia ser diferente? Agora as causas não importam, não é mesmo? E as tais mudanças climáticas? E a ocupação desordenada e criminosa dos planaltos adjacentes onde estão as cabeceiras de nossos rios? Onde o senhor estava quando mataram quase todos os nossos rios? Alguns ainda agonizam sob a areia dos planaltos. Mas o senhor sabia disso tudo, não é mesmo?
“Os fazendeiros fecham as baías e matam os peixes para aumentar suas passagens. “Se esqueceu dessa frase canalha? Já vão longe os acordos espúrios que livraram os responsáveis pelo assoreamento dos nossos rios maravilhosos? Onde o senhor, defensor do Pantanal estava? — “Um punhado de grandes propriedades.” Tem coragem para nominar quem são os adquirentes? Para quais finalidades são adquiridas? Tem coragem? Tem coragem? Tem coragem como quando fala de pecuaristas?
” Incêndios crescentes, grilagens” Os números já o desmentem.” Mais que eventos climáticos” Nesta afirmação, o douto acadêmico, sem nenhuma possibilidade de aferição, lança um ” j’ acuse” sobre os proprietários da planície. Fácil, não? Porém, nada científico. ” Mercado de terras aquecido, com forte valorização imobiliária. ” Afirmação irresponsável no mínimo.
Maliciosamente colocada para reforçar a tal ” Pecuária Capitalista”. Aqui somos todos donos de um império imobiliário das arábias. “Explosão do gado bovino” Estamos em expansão, mas após anos de redução drástica em consequência de décadas de grandes enchentes, quando vendemos o nosso rebanho a preço de banana, com financiamento de bancos brasileiros, a fundo perdido.
Mas o senhor não averiguou, pois não? E agora vem a cereja do bolo. –” Conflitos estruturais entre interesses privados e a função pública do bioma”. Poderia explicar de onde tirou essa maldade? Não? Mas eu posso! Do seu cérebro lavado, enxaguando e secado pela doutrina marxista-leninista que o senhor professa sob juramento. Qual conflito? Qual função pública? O senhor se confundiu ou quer confundir?
“Equilíbrio hídrico da planície” Vamos uma vez mais nos valer do velho e sábio escravo Escopo. A única a água que administramos é a dos nossos poços e açudes. O equilíbrio hídrico de que fala seria o regime de chuvas? Também não nos cabe. Estamos sujando as águas do planalto?
As nossas atividades estariam prejudicando as nascentes dos rios? Salve-nos velho Escopo! –“95% dos incêndios são em propriedades privadas sem sinais de ignição natural.” Repito: Não poderia ser diferente, pois não? Agora, fato é que raios só ocorrem em reservas. Isso está estabelecido, não é mesmo? É jurisprudência.
“Foi – se a pecuária tradicional com o gado magro e pequeno.” O seu colega ao lado, que faz pesquisa sobre genética na produção animal ficou constrangido não? No mínima corado de vergonha, com certeza.
“Queimadas são aceleradores econômicos.” Aqui vou deixar para a Embrapa Pantanal que estuda o fogo nas savanas. Converse com ela e aprenda um pouco. Por fim, o senhor citou um ditado que nunca ouvi. Qual foi o velho pantaneiro que falou essa palavra ” arbusto”?
Pantanal do Paiaguás, 7/12/25
Por: Manoel Martins de Almeida
