
O ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF), viajou a Lima, no Peru, em jatinho particular pouco antes de ser sorteado relator do inquérito que investiga o Banco Master. Entre os passageiros estava o advogado Augusto Arruda Botelho — que representa um dos diretores da instituição — o que levanta questionamentos sobre conflito de interesses e a credibilidade da investigação.
O voo ocorreu na manhã de 28 de novembro, com retorno no domingo seguinte, para que Toffoli assistisse à final da Copa Libertadores da América 2025, envolvendo seu time do coração. O avião pertence ao empresário Luiz Osvaldo Pastore, amigo em comum de Toffoli e Botelho. A viagem foi revelada pela coluna de Lauro Jardim, do jornal O Globo..
Um dia após o embarque, o processo do Banco Master foi distribuído a Toffoli — por sorteio — e ele passou a centralizar todas as decisões do inquérito, retirando a competência da Justiça Federal. Além disso, elevou o grau de sigilo do processo, fato que impediu até mesmo a identificação das partes envolvidas no sistema eletrônico da Corte.
A coincidência da viagem com advogados que atuam no caso e a rapidez com que o processo passou a tramitar sob sigilo direto no STF reacenderam críticas de especialistas, que apontam risco à transparência e à imparcialidade das investigações. A decisão suscita dúvidas sobre a integridade do julgamento.
Da redação * Mídia News





