
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), cancelou todas as visitas previstas ao ex-presidente Jair Bolsonaro no presídio da Papuda nesta semana, incluindo os pedidos feitos pelos governadores Tarcísio de Freitas (São Paulo) e Cláudio Castro (Rio de Janeiro). A decisão ocorre em meio ao aumento da tensão política após a prisão preventiva do ex-chefe do Executivo.
Segundo informações apuradas nos bastidores do STF, Moraes avaliou que a presença de figuras políticas de alta projeção poderia gerar tumulto, ampliar a polarização e “prejudicar a ordem pública” — argumento que também foi utilizado pelo ministro para embasar a própria decisão de manter Bolsonaro sob custódia.
Tarcísio e Castro encaminharam solicitações formais para visitar o ex-presidente, de quem são aliados próximos. No entanto, os pedidos não foram autorizados. A defesa de Bolsonaro criticou a medida e afirmou que o veto representa “tratamento excepcional e desproporcional”, argumentando que o direito a visitas deveria ser assegurado mesmo em cenário de prisão preventiva.
A decisão de Moraes reacendeu o debate político. Deputados e senadores alinhados ao ex-presidente acusam o ministro de “abuso de autoridade”, enquanto apoiadores do STF defendem que as restrições são necessárias para evitar que a situação carcerária de Bolsonaro seja instrumentalizada politicamente.
Apesar do cancelamento das visitas presenciais, a defesa de Bolsonaro tenta reverter a decisão e argumenta que o ex-presidente tem direito a receber familiares e aliados próximos para acompanhamento emocional e jurídico. Até o momento, porém, Moraes não indicou qualquer possibilidade de flexibilização.
Da redação Mídia News





