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‘Pode ir na Liga da Justiça que não tô nem aí’, diz Tarcísio sobre denúncia por operações policiais

Governador diz estar tranquilo sobre ação na ONU que critica mortes durante ações da polícia e promete investigar casos

Na sexta-feira (8), o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, expressou indiferença em relação à queixa apresentada por entidades de direitos humanos ao Conselho de Direitos Humanos da ONU, acerca do aumento da letalidade policial em seu estado. Ele disse: “Sinceramente, nós temos muita tranquilidade com o que está sendo feito. E aí o pessoal pode ir na ONU, pode ir na Liga da Justiça, no raio que o parta, que eu não tô nem aí”.

A alegação, apresentada pela Conectas Direitos Humanos e pela Comissão Arns, indica que a situação na região é consequência da ação intencional de Tarcísio, “que vem investindo na violência policial contra pessoas negras e pobres”.

Nesta sexta, Tarcísio fez um comentário sobre sua intenção de investigar os casos. “Tem uma questão de denúncia, vamos investigar. Agora, nós precisamos de fato saber o que realmente aconteceu. Não há nenhum interesse da nossa parte em confrontar ninguém”, disse.

“Nós tínhamos lá na baixada uma série de barricadas que foram removidas. Locais em que o poder público não entrava. Hoje a gente retirou todas as barricadas. A gente está restabelecendo a ordem. Não existe progresso sem ordem”, completou o governador.

A Baixada tem sido palco de intensas operações do estado desde o ano passado, em resposta ao assassinato de policiais militares na área. O registro de criminosos abatidos por PMs em serviço na região aumentou mais de cinco vezes nos dois primeiros meses do ano atual. Conforme dados do Ministério Público de São Paulo (MPSP), 57 possíveis criminosos foram mortos por agentes em janeiro e fevereiro. No mesmo período de 2023, foram contabilizadas dez mortes causadas por policiais em serviço na área.

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