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Cid é o primeiro sair preso do STF após prestar depoimento em 20 anos

STF não tem registros de prisões em audiências na corte nos ultimos 20 anos

Mauro Cid se torna um marco histórico como o primeiro indivíduo, pelo menos nos relatos recentes, a entrar no Supremo Tribunal Federal (STF) para dar um depoimento e sair detido. Nos últimos 20 anos, incluindo a época das ações criminais do Mensalão, ninguém entrou livre na Corte, participou de uma audiência e foi levado para a prisão em um veículo oficial.

Na sexta-feira passada (22/3), Mauro Cid, que já foi o ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), compareceu ao STF para uma audiência destinada à confirmação dos termos da “colaboração premiada” que estabeleceu com a Polícia Federal e acabou deixando o tribunal sob custódia.

O mandado de prisão contra o suspeito de “obstrução de justiça” em uma investigação envolvendo uma organização criminosa foi emitido pelo ministro do STF, Alexandre de Moraes, devido ao suposto descumprimento das medidas cautelares que não sejam prisão, impostas no processo criminal em curso.

Na tarde desta sexta-feira (22/3), por volta das 13h30, Cid se apresentou à Suprema Corte para ser interrogado pelo juiz instrutor do gabinete do ministro Alexandre de Moraes.

A sessão com Mauro Cid foi liderada pelo desembargador Airton Vieira, instrutor do gabinete de Moraes. Além dele e da defesa, uma pessoa representando a PGR também esteve presente no depoimento.

Na quinta-feira à noite, a Veja publicou áudios onde Cid declarou que a PF já possui uma “narrativa pronta” e que os detetives “não queriam saber a verdade”. Ele também expressou críticas ao ministro Alexandre de Moraes, afirmando que o juiz já tem uma “sentença pronta”.

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