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Zema rebate ministro de Lula: “Paguei o 13º salário que o governador do partido dele não pagou”

Romeu Zema rebate provocação de Alexandre Padilha evocando governo de Fernando Pimentel

Em entrevista ao Estadão, o governador de Minas Gerais, Romeu Zema, respondeu à provocação feita pelo ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha. Durante sua visita ao estado nesta semana, Padilha afirmou que “tem muita gente que fala, mas não resolve, não apresenta soluções”.

O ministro Padilha estava discutindo a dívida pública de Minas Gerais com o governo federal. “O presidente Lula vai provar mais uma vez que é o presidente que mais cuida, mais traz investimentos e resolve problemas históricos de Minas Gerais. O presidente, provocado pelo presidente do senado, Rodrigo Pacheco, pela bancada federal, pela bancada da Assembleia Legislativa de oposição ao governador, recebeu uma proposta de solução para a dívida”, disse o ministro, antes de lançar um desafio a Zema.

O chefe do governo de Minas Gerais reagiu da seguinte forma: “Eu vejo que talvez ele não esteja a par do que acontece em Minas. Não sei se ele conversou com prefeitos e tem conhecimento de que, no passado, quando o partido dele governava Minas, os prefeitos não recebiam o repasse do ICMS, do IPVA, do Fundeb e da saúde”.

Zema respondeu: “Não sei se sabe que eu paguei o 13º salário que o governador do partido dele não pagou. Será que ele tem conhecimento disso?”. Ele tem muitos comentários a fazer sobre o governo de Fernando Pimentel, a quem sucedeu em 2019. O político do PT, que estava na disputa pela reeleição, não chegou nem ao segundo turno naquele ano, que foi disputado entre Zema e o tucano Antonio Anastasia.

“Não sei se ele sabe que o governador do partido dele fez com que várias prefeituras tivessem de fechar postos de saúde, UBS, deixando o mineiro sem atendimento médico. E que eu reabri porque voltei a pagar. Não sei se ele sabe que o governador do partido dele também paralisou as obras dos hospitais regionais, que eu agora estarei também concluindo. E não sei também se ele sabe que 240 mil funcionários públicos de Minas tiveram o nome incluído no SPC e Serasa porque o ex-governador do partido dele não pagou (o crédito consignado), deduziu, descontou o crédito consignado do salário e não repassou aos bancos. E o salário atrasado também.”

Zema finalizou assim a resposta: “Então, acho que ele está muito pouco informado sobre Minas. Eu até queria que ele voltasse lá pra poder se inteirar dessas questões. Eu acho que ele não deve vir a Minas já há 10 anos ou mais, e deve estar fechando os olhos para o que aconteceu em Minas Gerais, principalmente durante a gestão do partido que ele está”.

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