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Advogado defende expulsão de judeus do IAB

A entidade abriu processo administrativo aberto para investigar advogado por declarações antissemitas

Um processo administrativo foi iniciado pelo Instituto dos Advogados Brasileiros (IAB) para investigar o comportamento do advogado Hariberto de Miranda Jordão Filho devido às declarações feitas contra os membros judeus da entidade.

Na última quarta-feira, 20, Hariberto foi acusado de antissemitismo por defender, durante uma plenária, a remoção de todos os judeus das presidências das comissões e da diretoria do IAB.

Durante o discurso, o advogado argumentou a favor da expulsão para prevenir “imundices de judeus, sionistas ou não”. Ele sustentou que a entidade deveria seguir “o mesmo princípio” adotado pelos franceses, que supostamente expulsaram judeus de posições de liderança em uma organização de advogados após a Segunda Guerra Mundial. Segundo Hariberto, isso teria ocorrido porque eles teriam colaborado com o nazismo.

“Ante o fato concreto aqui devemos adotar o mesmo princípio evitando futuras imundices de judeus sionistas ou não”, declarou o advogado em um discurso que teve a duração aproximada de 15 minutos.

Durante o evento, ele expressou críticas por ter sido denunciado à OAB pela Federação Israelita do Rio de Janeiro (Fierj) “de forma vil, covarde e desleal” por conta de um protesto feito no ano anterior. Afirmou também que estava sendo alvo de uma “clara e indevida perseguição política, ideológica, religiosa, cultural e até mesmo profissional”.

“Vossa excelência não pode fugir das exposições estatutárias e deve demitir, desde logo, todos os judeus presidentes das comissões e da diretoria que envergonham o instituto, sionistas ou não, porque religiosos”, disse o advogado ao presidente do IAB, Sydney Limeira Sanches.

Nota do IAB

O Instituto dos Advogados Brasileiros, em comunicado, rotulou as declarações de Hariberto de Miranda Jordão Filho como “discriminatórias e antissemitas”. Também ressaltou que tais declarações “não só violam os princípios fundamentais que orientam a instituição, mas também ferem a dignidade de todos os envolvidos direta ou indiretamente com a triste fala proferida.”

“Em conformidade com os princípios estabelecidos em nosso estatuto, o IAB reserva-se ao direito de iniciar procedimento administrativo contra qualquer membro que viole seus preceitos estatutários, como sói ocorre no caso concreto, posto que tais medidas servirão para garantir a integridade e a reputação do IAB, como também assegurar o efetivo cumprimento de seus valores fundamentais”, prossegue o texto, assinado pelo presidente da entidade, Sydney Limeira Sanches.

As informações são de O Antagonista

 

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