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Senadores visitam presos na Argentina e denunciam “ditadura de Moraes” em missão humanitária

Senadores oposicionistas visitam brasileiros presos na Argentina e denunciam perseguição política por parte do STF.

Parlamentares oposicionistas buscam apoio para presos por envolvimento no 8 de janeiro e reacendem debate sobre perseguição política

Uma comitiva da Comissão de Direitos Humanos do Senado Federal está na Argentina em missão classificada como humanitária, política e jurídica. A visita tem como foco cinco brasileiros presos no país vizinho, acusados de participação nos atos de 8 de janeiro em Brasília. Os parlamentares argumentam que os detidos estão sendo vítimas de perseguição política e que fugiram da “ditadura de Moraes”, em referência ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes.

A comitiva é composta pelos senadores Damares Alves (Republicanos-DF), Magno Malta (PL-ES) e Eduardo Girão (Novo-CE) — todos da oposição ao governo Lula e críticos da atuação do STF.

Quem são os brasileiros detidos em Ezeiza?

Os brasileiros estão presos no Complexo Penitenciário Federal I de Ezeiza, em Buenos Aires, e foram detidos após mandados expedidos pela Justiça brasileira em razão do envolvimento nos atos de 8 de janeiro. Os nomes dos detentos são:

  • Ana Paula de Souza
  • Joelton Gusmão
  • Rodrigo Moro
  • Wellington Luiz Firmino
  • Joel Borges Correa

“São brasileiros que fugiram da ditadura de Moraes”, afirmou o senador Magno Malta. “Vieram para a Argentina com uma fé enorme na liberdade que esse país passou a representar com a chegada do presidente Javier Milei ao poder.”

Encontro com autoridades argentinas e defesa dos direitos dos presos

A agenda oficial dos parlamentares começou nesta segunda-feira (12), com reuniões com autoridades argentinas e representantes da sociedade civil. A visita aos presos foi autorizada pelo sistema penitenciário local, com apoio da embaixada brasileira em Buenos Aires.

A comitiva entregou um ofício ao diretor nacional do Serviço Penitenciário Federal da Argentina, Fernando Martínez, solicitando atenção ao caso dos brasileiros detidos. O documento baseia-se em tratados internacionais como o Pacto de San José da Costa Rica, a Constituição Federal brasileira e a Lei de Migração, que garantem direitos como o devido processo legal, liberdade de expressão e proteção contra perseguições políticas.

Argentina é vista como refúgio por opositores do STF

O episódio reacende o debate sobre o papel da Argentina, especialmente sob o governo de Javier Milei, como possível refúgio político para brasileiros que se consideram perseguidos pelo STF ou pelo atual governo.

A direita brasileira tem enxergado o país vizinho como uma alternativa diante do “ambiente político hostil” que alegam existir no Brasil, principalmente após os desdobramentos jurídicos dos eventos de 8 de janeiro. A visita dos senadores reforça essa percepção e amplia a discussão sobre a atuação do STF e os limites da jurisdição internacional.

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