NotíciasPolítica

Advogado detido no STF diz que teve celular tomado à força por agentes

“A OAB está de joelhos. Nenhum conselheiro me procurou”, afirmou, cobrando uma mobilização urgente da classe.

O advogado e ex-desembargador Sebastião Coelho relatou nesta quarta-feira (26), em entrevista à Rádio Auriverde de Bauru, ter sido preso de forma arbitrária dentro do Supremo Tribunal Federal (STF). Ele foi impedido de acompanhar o julgamento em processo correlato ao do seu cliente, o ex-assessor presidencial Felipe Martins.

Segundo Coelho, agentes do STF o atraíram para um corredor sob pretexto de “resolver a situação”, e ali recebeu voz de prisão, segundo ele, por ordem do ministro Alexandre de Moraes. “Fui humilhado, enganado e tive meu celular tomado à força”, afirmou o advogado, que teme que dados sigilosos tenham sido copiados.

Coelho denunciou a ausência de mandado formal, a retenção de celulares e a violação de prerrogativas da advocacia, asseguradas pela lei 8.906/94. Ele acusa Moraes de instaurar um “tribunal do arbítrio” e disse que sua prisão visou intimidar e calar quem atua em defesa de alvos do inquérito do 8 de janeiro.

O advogado criticou duramente a Ordem dos Advogados do Brasil, que segundo ele emitiu uma “nota vergonhosa” ao minimizar o ocorrido. “A OAB está de joelhos. Nenhum conselheiro me procurou”, afirmou, cobrando uma mobilização urgente da classe.

Durante a entrevista, Coelho afirmou que sua prisão se deu apenas por divergência política. “Se eu defendesse corruptos da Lava Jato, seria tratado como herói. Mas como defendo Bolsonaro, fui tratado como criminoso”, desabafou, denunciando também “mentiras da imprensa”.

Ele também denunciou que foi impedido de assistir à sessão, embora houvesse cadeiras vazias no plenário. “Mentiram dizendo que não havia lugar. É mais uma violência contra a advocacia e o direito de defesa”, acusou, pedindo a preservação das imagens de segurança.

Por fim, Coelho classificou o julgamento dos envolvidos no 8 de janeiro como “jogo de cartas marcadas”. Disse que a denúncia contra Felipe Martins carece de provas e que o processo é um “espetáculo político conduzido por um criminoso togado”.

Importante: Estamos lutando contra as perseguições, mas continuamos desmonetizados. Pedimos a sua contribuição para continuar. Contra a perseguição, faça a sua doação! Doe através do PIX CNPJ 33281196000199. Receba notícias diariamente no nosso grupo no Whatsapp.

Artigos relacionados

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Botão Voltar ao topo