Acusado pela Polícia Federal de forjar certificados de vacinação contra a Covid-19, Mauro Cid assegurou aos seus aliados que não afirmou em seu testemunho à PF que Jair Bolsonaro seria o responsável pela falsificação dos cartões de vacina.
Para seus interlocutores, o tenente-coronel afirmou que, ao contrário do que está registrado no relatório da PF, ele teria assumido individualmente a responsabilidade pela falsificação dos certificados de vacina de Bolsonaro e de Laura, a filha mais nova do ex-presidente.
Cid se sentiu incomodado pelo que ele se refere como “narrativas” veiculadas pela PF e solicitou à instituição acesso aos vídeos de suas declarações. Seu objetivo é comparar o conteúdo dos vídeos com o que está documentado nos registros da investigação.
Cid e Bolsonaro foram indiciados
A Polícia Federal indiciou Cid e Bolsonaro pelos crimes de “associação criminosa” e “inserção de dados falsos em sistema público”. Agora, o processo está a caminho do Ministério Público, onde será decidido se haverá denúncia contra os dois ou não.
No documento de acusação, a PF registrou que Cid teria afirmado durante o depoimento que “recebeu a ordem” de Bolsonaro para falsificar os dois certificados de vacinação. Ainda de acordo com o relatório, os documentos foram entregues “em mãos” ao ex-presidente.
A Polícia Federal indiciou outras pessoas além do ex-ajudante de ordens e do ex-presidente no mesmo caso de falsificação de “certificados de vacina contra Covid-19”. Entre os indiciados estão o deputado federal Gutemberg Reis (MDB-RJ) e Gabriela Cid, esposa de Mauro Cid. As informações são do Metrópoles.