Lucas Furtado, subprocurador-geral do Ministério Público junto ao Tribunal de Contas da União (TCU), pediu a indisponibilidade dos bens do PL em razão de suspeitas de que o partido possa ter contribuído para um suposto plano de golpe de Estado no final de 2022.
Furtado também solicita que a sigla de Valdemar Costa Neto seja adicionada como réu em um processo civil público em andamento na 8ª Vara da Justiça Federal do DF, onde se busca a condenação dos financiadores dos eventos de 8 de Janeiro de 2023 em R$ 100 milhões, como compensação por danos morais coletivos.
De acordo com o subprocurador, as evidências obtidas pela PF na Operação Tempus Veritatis e na investigação sobre supostos “atos antidemocráticos” indicam um envolvimento direto dos líderes do PL no suposto esquema de golpe.
De acordo com Furtado, foram utilizados recursos como a “estrutura do partido para reuniões de caráter golpista; uso de pessoal e apoio material na elaboração de minutas de atos ilegais e ilegítimos que tinham por objetivo decretação de estados de exceção no país e deslegitimação da eleição presidencial de 2022; bem como eventual financiamento dos kids pretos [integrantes da tropa de elite do Exército]”.
“A partir das investigações da Polícia Federal, da decisão judicial adotada na Pet 12100 no âmbito do Inquérito 4784, bem como nas reportagens citadas, observa-se que o Partido Liberal supostamente atuou como um instrumento e agente da organização criminosa constituída com a finalidade de perpetrar um golpe de estado, em desrespeito ao resultado da livre manifestação da vontade popular expressa na votação para presidência da República”, afirma o subprocurador-geral do MP junto ao TCU.