Na entrevista concedida à CNN para Raquel Landim, Gilmar Mendes, ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), expressou críticas à operação Lava Jato e ao seu impacto. No décimo aniversário dessa operação, que teve um papel crucial na investigação de corrupção no Brasil, Mendes foi incisivo em suas críticas: “A Lava Jato, de certa forma, é pai e mãe do bolsonarismo. Um retumbante fracasso. Erramos todos”, afirmou, identificando falhas sistemáticas no judiciário e nas corregedorias.
O magistrado Mendes também aborda a controvérsia sobre o julgamento referente ao porte de drogas, ressaltando a importância de um novo enfoque frente à massiva população prisional e aos problemas crônicos de segurança pública: “Temos 800 mil presos no Brasil, 40% deles são provisórios. Os presídios atuam como home office do crime”, observa o magistrado.
O ministro ainda questiona a atribuição de uma falsa “supremacia” ao STF, em um contexto que ele caracteriza como excessivamente emocional. Ele também aborda o assunto das investigações sobre a suposta ‘tentativa de golpe’ pelo governo anterior, ressaltando progressos notáveis: “Estamos próximos das pessoas que armaram todo esse cenário”, afirma.
Durante o ano de eleições municipais, Mendes enfatiza os desafios apresentados pelo progresso da Inteligência Artificial (IA) na comunicação política. Ele revela que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) está trabalhando de forma ativa para supervisionar e regular o emprego de IA em publicidades eleitorais, solicitando avisos explícitos.
