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Inflação dos alimentos dispara em outubro, carne e soja lideram alta de preços

Inflação de alimentos atinge maior taxa mensal do ano em São Paulo, aponta Fipe

Inflação de alimentos atinge maior taxa mensal do ano em São Paulo, aponta Fipe

A maior taxa mensal de inflação dos alimentos deste ano foi registrada em São Paulo, atingindo 1,34% em outubro, de acordo com informações divulgadas na segunda-feira (4) pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe). Este número ultrapassa a média histórica de 0,8% para este período e indica tensões significativas nos preços de produtos essenciais.

A carne bovina foi o principal fator de aumento, registrando uma alta de 3,15% no mês. Conforme informado pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), a arroba do boi gordo teve um aumento significativo, atingindo R$ 320, devido à baixa oferta de gado e exportações recordes. Em outubro, as exportações de carne bovina in natura chegaram a 236 mil toneladas, o que representa um aumento de 27% em comparação com o mesmo período do ano de 2023. Além disso, houve um aumento de 40% na média diária de vendas, resultando em uma receita de US$ 1,1 bilhão, segundo dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex).

As exportações de outras carnes também aumentaram: o volume de carne de frango in natura teve um aumento de 13% e as receitas foram 22% maiores, enquanto as de carne suína tiveram um crescimento de 37% em volume e 57% em receitas.

Além das carnes, a inflação foi impactada pelos preços do café, do óleo de soja e da laranja. O café enfrenta pressões de alta devido a problemas climáticos no Brasil e no Vietnã, que podem comprometer as safras futuras, afetando os preços no varejo.

A elevação no preço do óleo de soja também tem impactado o orçamento dos consumidores. Devido a uma queda na safra no Brasil e o crescimento da demanda interna, particularmente para a produção de biodiesel, o produto registrou um aumento de 12% apenas neste ano. Isso representa uma grande diferença em relação a 2013, quando o preço diminuiu 28% devido a preços mais baixos no mercado internacional. Entre 2019 e 2022, o óleo de soja experimentou uma subida de 164% nos supermercados.

Já o suco de laranja acumula uma alta de 91% desde janeiro do ano passado. Problemas como doenças e mudanças climáticas continuam afetando os pomares brasileiros, maiores produtores globais, sem sinais de alívio nos preços, segundo a Fipe.

Esses aumentos, movidos tanto por fatores internos como climáticos quanto por dinâmicas de exportação, complicam ainda mais o cenário para o consumidor brasileiro, que segue enfrentando alta nos preços de itens essenciais.

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