
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) voltou a sinalizar que pode não disputar a reeleição em 2026, durante uma reunião ministerial. A declaração, recebida com ceticismo por aliados, causou inquietação entre lideranças da esquerda, que enxergam em Lula o único nome capaz de unificar e fortalecer o campo político.
“2026 Já Começou”
Na reunião, Lula afirmou que “2026 já começou”, destacando a necessidade de sua equipe intensificar o enfrentamento público contra a oposição, que, segundo ele, já estaria em campanha. Apesar de convocar os ministros a um embate político mais assertivo, o presidente revelou, em uma conversa restrita, que a disputa presidencial não precisaria necessariamente passar por sua candidatura.
Preocupações com o Futuro da Esquerda
A possibilidade de Lula não disputar a reeleição gerou apreensão entre os principais líderes do campo progressista. Aos 79 anos, a saúde do presidente será um fator crucial na definição de sua participação em 2026. Contudo, a falta de nomes consolidados na esquerda aumenta a sensação de incerteza sobre o futuro do grupo político.
Desde o impeachment de Dilma Rousseff em 2016, o PT enfrenta dificuldades eleitorais e acumula derrotas consecutivas em diferentes pleitos. Esse histórico, somado à ausência de uma figura com a força política de Lula, faz com que alguns aliados temam um cenário de “extinção” política caso ele não seja o candidato em 2026.
Resistência à Ideia
Lideranças petistas e aliados próximos de Lula têm encarado a declaração com desconfiança, acreditando que a fala pode ser apenas retórica ou uma estratégia para reforçar seu protagonismo no embate contra a oposição. O desejo de que Lula lidere novamente o grupo em 2026 é praticamente unânime entre os aliados.