A deputada Sâmia Bomfim, representante do Psol-SP na Câmara Federal, pretende buscar o respaldo do governo central para que a Parada Gay de São Paulo seja oficialmente reconhecida como Patrimônio Cultural Imaterial do Brasil. O objetivo da proposta é adicionar o evento na lista de bens tutelados pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), uma instituição vinculada ao Ministério da Cultura.
A intenção da parlamentar é utilizar os recursos jurídicos de seu gabinete para promover o avanço da demanda. Neste domingo, 2, ocorre a 28ª edição da Parada Gay na Avenida Paulista.
Pelo segundo ano seguido, a Parada Gay, que é apoiada pela psolista para ser reconhecida como patrimônio imaterial do país, teve um bloco dedicado a “crianças trans”. Um vídeo registra as crianças uniformizadas participando do evento.
A PARADA LGBTQIAPN+ É PATRIMÔNIO DO BRASIL! 🏳️🌈
🗣️ Hoje é dia de ocupar a Avenida Paulista com a @paradasp pelo 28° ano para mostrar que a luta por igualdade caminha junto com o orgulho de ser e pelo respeito às diferenças.
➡️ A maior Parada do mundo precisa ser reconhecida… pic.twitter.com/wI11CmD6ro
— Sâmia Bomfim (@samiabomfim) June 2, 2024
Apoio ao reconhecimento da Parada Gay
De acordo com Sâmia Bomfim, a Parada Gay “é uma das maiores manifestações populares da história do Brasil”. Para ela, é um dos “principais cartões de visita da cidade”.
As negociações iniciarão após a conclusão do evento. Sâmia, além de dar início ao processo no Iphan, planeja uma reunião com o presidente da autarquia, Leandro Grass. Ela também já submeteu um projeto de lei ao Congresso Nacional e pediu o reconhecimento oficial.
A meta é que, com essa validação, o governo brasileiro se comprometa a assegurar a realização da Parada em São Paulo, independente dos governos que forem eleitos.
Os líderes da Associação da Parada do Orgulho LGBT de São Paulo foram animados pela mobilização de Sâmia Bomfim, que desfilou no carro de abertura.
Hoje em dia, expressões artísticas e religiosas como o frevo, a capoeira e o Círio de Nazaré são reconhecidas como Patrimônio Cultural Imaterial do Brasil. Sâmia deseja que a Parada Gay de São Paulo seja igualmente reconhecida.
As informações são da Revista Oeste