Nesta quarta-feira (21), Eduardo Tagliaferro, o ex-chefe da Assessoria Especial de Enfrentamento à Desinformação do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), foi intimado pela Polícia Federal (PF) para prestar depoimento a respeito de vazamentos de informações ligadas a ações não oficiais do ministro do STF, Alexandre de Moraes.
A esposa de Tagliaferro também foi convocada a prestar depoimento, que está programado para as 11h desta quinta-feira (22).
A última semana registrou a divulgação pela Folha de S. Paulo de que pedidos não oficiais de produção de relatórios pelo TSE foram feitos pelo gabinete do Ministro Moraes do STF. Esses relatórios seriam utilizados para dar suporte às decisões do ministro contra seguidores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no inquérito ‘ilegal’ de fake news de 2022. As solicitações foram feitas de forma não formal.
As mensagens sugerem que os colaboradores de Moraes estavam a par dos perigos ligados a essa falta de formalidade.
Um dos assessores expressou preocupação sobre o fato de que a situação poderia ser vista como inadequada, observando que, se alguém questionasse o procedimento, pareceria impróprio um juiz do Supremo fazer um pedido para alguém no TSE e esse alguém simplesmente obedecer e fornecer um relatório.
Um inquérito foi aberto no STF para investigar o vazamento das mensagens da ‘Vaza Toga’. No entanto, ainda não há informações sobre se Alexandre de Moraes determinou a abertura do procedimento ou se será o relator do caso.
A investigação está a cargo da Diretoria de Inteligência Policial (DIP) da Polícia Federal em Brasília.