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Brasil não assina declaração contra violações de direitos humanos na Venezuela

Carta foi organizada por Argentina e Estados Unidos

O Brasil não endossou uma declaração contra as violações de direitos humanos na , promovida pelos  e Argentina. Essa recusa aconteceu em parceria com a Colômbia,  e Chile.

Cerca de 30 países, incluindo o  e as principais nações europeias, assinaram o documento.

A manifestação explicita uma “profunda preocupação com a repressão generalizada e os abusos contínuos de direitos humanos” no território desde os pleitos presidenciais de julho, que reinstalaram o ditador  ao comando, em meio a acusações de fraude.

A carta solicita a libertação urgente dos presos políticos, o término da violência política e o fim do assédio contra a oposição e a sociedade civil.

Durante as sessões da Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas em Nova York, a carta foi apresentada. A chanceler argentina, Diana Mondino, e o secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, lideraram a formulação do documento.

O texto solicita que os cidadãos venezuelanos tenham a capacidade de expressar suas opiniões políticas pacificamente, sem o medo de retaliação. O texto também chama o governo de Maduro para dar início a conversas que conduzam a uma transição pacífica para o próximo governo.

Segundo a declaração, “é essencial que os líderes venezuelanos comecem discussões construtivas e inclusivas para solucionar o impasse político e restabelecer pacificamente as instituições democráticas”.

Blinken enfatizou a necessidade de assegurar que a vontade do povo venezuelano seja honrada. “Se temos um objetivo, é garantir que os votos do povo venezuelano sejam realmente respeitados.”

Diana recordou que a crise na Venezuela resultou na migração de 7,8 milhões de pessoas, afetando diretamente os países vizinhos.

Ela enfatizou que o governo de Maduro “não se importa com seu povo” e que a crise humanitária na Venezuela persiste em se agravar.

O comunicado também enfatiza a necessidade de honrar a “vontade popular”. Nessa perspectiva, exige a pronta libertação das pessoas presas de forma arbitrária, bem como o término da violência política e do assédio contra a oposição e a sociedade civil.

Venezuela responde

Em resposta, o governo da Venezuela respondeu fortemente à declaração. O ministro das Relações Exteriores, Yván Gil, descreveu o documento como “um acumulado de infâmias, distorções e aspirações golpistas”.

Em comunicado oficial, o governo Maduro acusou os Estados Unidos de liderarem uma tentativa de isolamento do país. “Washington e seus aliados fracassarão novamente em seu intento de isolar a Venezuela.”

Caracas declarou que os EUA têm empregado “medidas coercitivas ilegais” e “ações terroristas” com o objetivo de desestabilizar o governo.

A emergência de uma nova ofensiva diplomática coincide com um período de aumento das pressões internacionais sobre o governo de Nicolás Maduro, atualmente em meio a uma longa crise humanitária e política. No entanto, a falta de suporte de nações latino-americanas fundamentais, como Brasil, México e Colômbia, restringe a influência da declaração na região.

As informações são da Revista Oeste

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