O Ministério dos Transportes anunciou, nesta terça-feira (31), a contratação do consórcio Penedo-Neópolis para a reconstrução da ponte entre Tocantins e Maranhão, que desabou em dezembro de 2023, deixando ao menos onze mortos e seis desaparecidos. O valor da obra será de R$ 171 milhões e deve ser entregue em um ano, até dezembro de 2025. Contudo, a contratação foi feita sem licitação, o que gerou polêmica e críticas sobre a transparência do processo.
A última reforma da estrutura foi realizada entre 1998 e 2000, mas, em 2020, o próprio DNIT já havia emitido um relatório apontando graves problemas, com avarias em 14 dos 16 pilares. “A ponte já estava falhando há anos, mas o governo não fez nada até que a tragédia aconteceu”, lamentou um morador local, refletindo o descontentamento da população.
A falta de manutenção adequada gerou impactos significativos para a população. Desde o colapso, os moradores enfrentam longas filas para atravessar o Rio Tocantins por balsas, gastando até R$ 265 por travessia. Antes, a viagem de 15 minutos se transformou em uma rota de mais de uma hora e meia, afetando principalmente o transporte de mercadorias entre os estados. “É um absurdo que agora o governo tenha pressa para reconstruir, mas não tenha cuidado com o que já estava ruindo há tanto tempo”, criticou um caminhoneiro.
As buscas pelos corpos das vítimas, que ainda continuam, foram temporariamente interrompidas devido ao aumento das chuvas na região, que impactaram as operações de mergulho. “Agora temos que esperar a maré baixar para continuar”, disse um membro da Marinha.
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