BR-319: Em vez de resolver problema, governo Lula proíbe caminhões pesados na pior rodovia do Brasil

O governo federal, por meio do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), anunciou nesta quarta-feira (8) a proibição do tráfego de caminhões pesados na BR-319, uma das rodovias mais problemáticas do Brasil. A medida, que entra em vigor até junho de cada ano, visa proteger a estrada durante o período chuvoso, mas é vista por muitos como uma solução temporária para um problema estrutural crônico. Em vez de investir em reformas definitivas, o governo Lula escolhe penalizar o transporte de carga pesada, sem resolver de fato as condições da via.

A BR-319, que liga Manaus a Porto Velho, enfrenta uma série de dificuldades históricas. O DNIT alega que a rodovia não suporta caminhões com Peso Bruto Total Combinado (PBTC) superior a 45 toneladas devido à fragilidade das pontes de madeira, que só aguentam até 36 toneladas. “A rodovia não aguenta mais”, declarou o órgão, reconhecendo a precariedade da infraestrutura que já causa graves danos à mobilidade e à segurança. No entanto, críticos argumentam que, em vez de investir em obras para modernizar a estrada, o governo está apenas adiando o problema.

A restrição de tráfego pesados não resolve os problemas estruturais que têm afetado a BR-319 há anos. As chuvas intensas, combinadas com o revestimento de baixa qualidade da rodovia, tornam a estrada ainda mais intransitável. A solução encontrada pelo DNIT não passa de um paliativo, já que o tráfego de cargas pesadas é apenas deslocado para outras alternativas, como o transporte hidroviário, sem que haja uma visão de longo prazo para a recuperação da via.

Para os moradores e empresários da região, a decisão do governo reflete a falta de compromisso com o desenvolvimento da infraestrutura no Norte do Brasil. A BR-319 é fundamental para o escoamento de mercadorias entre Amazonas e Rondônia, e sua precariedade impacta diretamente a economia local. O que era esperado era uma reforma definitiva, mas, em vez disso, o governo Lula escolhe adiar o problema, deixando a população à mercê de medidas paliativas que não resolvem o caos nas estradas.