
A varejista de moda e comércio eletrônico Shein, com sede em Singapura, está no centro de uma grave polêmica internacional após ser denunciada na França por comercializar o que as autoridades descreveram como “bonecas sexuais com aparência infantil”. A unidade antifraude do país europeu encaminhou o caso ao Ministério Público, elevando a crise a um patamar judicial e político.
O ministro da Economia francês, Roland Lescure, adotou um tom firme, declarando que “os limites foram ultrapassados” e que, se o comportamento se repetir, ele fará uso da lei para banir o acesso à plataforma Shein no mercado francês. O relator da comissão, Antoine Vermorel-Marques, também criticou a empresa, afirmando que “nenhum agente econômico pode se considerar acima da lei” e exigindo uma explicação imediata.
A denúncia ganhou força com protestos de Organizações Não Governamentais (ONGs) de proteção à infância, como a Mouv’Enfants. Segundo o cofundador da entidade, Arnaud Gallais, a permanência desses itens, mesmo que em outras partes do mundo, torna a empresa “cúmplice de um sistema que permite crimes sexuais contra crianças”.
Diante da repercussão negativa e das ameaças de banimento, a Shein prometeu banir os produtos de sua plataforma. O escândalo reacende o debate sobre a fiscalização de grandes marketplaces e a responsabilidade das empresas globais sobre o tipo de mercadoria que vendem.
Da redação Midia News

				
					



