Nesta quarta-feira (24), Marina Helena, pré-candidata à Prefeitura de São Paulo pelo Novo, vestiu uma camiseta que pedia o “impeachment de Alexandre de Moraes já”. Em uma publicação no Instagram, ela afirma que o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) é suspeito de abuso de poder e “censura”, considerados por ela como “problemas urgentes do Brasil atual”.
Marina usou a roupa para uma entrevista concedida à Rádio Bandeirantes, onde afirmou que “não se trata de ser contra o STF, mas defendê-lo de ministros que sabotam a reputação da Corte”. Segundo a pré-candidata, a “democracia é não ter medo de pedir o impeachment de autoridades”.
Marina ainda sustenta que aqueles “suspeitos de abuso de poder” devem ser “devidamente investigados” e afirma que “a liberdade de expressão é a principal liberdade em toda e qualquer democracia”.
A pré-candidata, que segundo pesquisa Datafolha de março deste ano, possui 7% das intenções de voto na capital paulista, declarou que “Ninguém está acima da lei nesse país”.
No início deste mês, Alexandre de Moraes começou a ser acusado de “censura” quando Elon Musk, empresário proprietário da rede social X e da Tesla, afirmou que as ordens do ministro para suspender perfis, investigados por ações antidemocráticas, na plataforma “violam a lei brasileira”.
O “Twitter Files Brazil”, um compilado de documentos internos da plataforma, sustenta que o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e a própria instituição procuraram “censurar” legisladores e modificar as políticas de controle de conteúdo do X em uma ferramenta de ataque contra seguidores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
Em 17 de outubro passado, parlamentares do Partido Republicano dos Estados Unidos apresentaram um relatório que engloba 88 decisões do STF e do TSE, alegando a presença de uma “campanha de censura”. Segundo os congressistas americanos, o relatório demonstra “como um governo pode justificar a censura em nome do combate ao chamado ‘discurso de ódio’ e à ‘subversão’ da ‘ordem’”.
Em resposta às críticas do bilionário, Moraes adicionou Musk ao inquérito das milícias digitais, ordenando uma investigação separada para averiguar se o bilionário foi responsável por obstrução de Justiça, “inclusive em organização criminosa e incitação ao crime”. Na última sexta-feira, sem mencionar nomes especificamente, o juiz declarou que o sistema de Justiça Eleitoral do Brasil está acostumado “a combater mercantilistas estrangeiros que tratam o Brasil como colônia”.