
A metodologia de cálculo usa como referência a moeda dos Estados Unidos e avalia sua valorização em comparação com outros países. No geral, os países emergentes Hungria (-5,776% em relação ao dólar), Chile (-5,738%), Colômbia (-5,876%), Indonésia (-5,676%), Coreia do Sul (-6,521%), Tailândia (-6,956%), México (-8,502%), Turquia (-10,12) e Argentina (-10,485) apresentaram desempenho superior ao Brasil (-10,54%).
No entanto, mais tarde no dia, o real conseguiu se recuperar e terminou com uma desvalorização de 10,48%, igualando-se à moeda da Argentina. Antes do evento surpreendente de ontem, a Argentina era a última colocada isolada no ranking.
A desvalorização do real
Segundo profissionais do setor financeiro, a principal razão para a desvalorização do real frente ao dólar é o aumento das taxas de juros nos Estados Unidos. As informações macroeconômicas dos EUA indicam que sua economia ainda está em crescimento e que o Federal Reserve, o Banco Central dos EUA, precisará manter as taxas de juros elevadas por um período prolongado.
Adicionalmente, o “risco Brasil” é um fator que contribui para o enfraquecimento do real. Questões políticas, tais como disputas com o presidente do Banco Central e alterações na meta fiscal, intensificam o receio do mercado de que as finanças públicas estejam em má situação, criando a percepção de que investir no Brasil é mais perigoso. Quando o risco é maior, o mercado exige taxas mais altas para emprestar a um país. As informações são da Revista Oeste.
