Tosse persistente, respiração ofegante, secreção nasal, febre e fadiga. Os sinais se assemelham aos sintomas gripais, mas podem indicar a presença de uma doença não tão comum, mas altamente infecciosa: a coqueluche.
Mato Grosso do Sul iniciou o mês de setembro com o registro do primeiro caso de coqueluche confirmado em 2024. No ano passado, foram 23 suspeitas, sendo 5 casos confirmados.
A doença que pode atingir qualquer pessoa, é mais comum em bebês menores de seis meses de idade, que ainda não foram completamente vacinados e estão mais vulneráveis. No entanto, adultos e adolescentes também podem contrair a doença, especialmente porque a imunidade fornecida pela vacinação na infância pode diminuir ao longo do tempo.
A coqueluche é causada pela bactéria Bordetella pertussis, que se aloja nas vias respiratórias. A transmissão ocorre através de gotículas expelidas durante espirros e tosse. É possível que alguém seja portador do microrganismo e não apresente sintomas, aumentando assim o potencial de disseminação da doença.
“A bactéria se instala no nariz e na faringe, e o risco pode aparecer quando ela se desloca para a traqueia, brônquios e pulmões. As etapas seguintes são marcadas por crises de tosse severa, que podem causar chiados, cianose e vômitos, devido ao esforço para respirar”, explica o médico e professor do curso de Medicina da Uniderp Walter Peres.
Dr. Walter aponta que o tratamento da coqueluche é feito com uso de antibióticos que ajudam a combater a infecção e reduzir a gravidade dos sintomas; medicamentos que aliviam a tosse e isolamento da pessoa contaminada, já que se trata de uma infecção de fácil contágio. “Para diagnóstico exato e indicação de tratamento adequado é fundamental a consulta médica considerando que cada organismo pode reagir de forma diferente de acordo com a agressividade da bactéria e histórico de saúde”, salienta o médico.
Prevenção
A vacinação é a forma mais eficaz de prevenir a coqueluche e é frequentemente administrada como parte da vacinação infantil de rotina, é recomendada para bebês e crianças em várias doses, começando aos 2 meses de idade. Além disso, vacinas de reforço são recomendadas para adolescentes e adultos, pois a imunidade conferida pela vacina pode diminuir ao longo do tempo.
O médico ainda reforça que é aconselhável que mulheres grávidas tomem a vacina contra a coqueluche em cada gestação, preferencialmente entre a 27ª e a 36ª semana de gravidez, com o intuito de auxiliar na proteção do recém-nascido, pois os anticorpos são transferidos da mãe para o bebê antes do parto.
Praticar boa higiene pode ajudar a prevenir a propagação da coqueluche e outras doenças respiratórias. Isso inclui lavar as mãos regularmente com água e sabão, cobrir a boca e o nariz ao tossir ou espirrar (preferencialmente com um lenço de papel descartável ou o cotovelo flexionado) e evitar o contato próximo com pessoas doentes.
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Por: Camila Crepaldi