
Cultura pantaneira adentrou o crematório ao trupicá num tronco calcinado, resíduo ribeirinho dos bancos que compraram fazendas no Pantanal, batendo a cabeça e furando o olho num espinho da nova cultura protegida, o laranjal.
Sofreu parada respiratória pelo ativismo que conseguiu alcançar mudanças nas políticas públicas, já completamente soterrada sob camadas de valores éticos, culturais e informações “científicas” das ongs e institutos.
Confessamos nossa derrota diante do óbvio superfaturamento da miopia satelital ambientalista consolidado neste equivocado parágrafo da narrativa publicada noeco:
“-Já o ambientalista é alguém que se identifica especificamente com a defesa do meio ambiente, geralmente atuando em redes de Organizações Não Governamentais (ONGs) e promovendo ativismo direcionado a mudanças nas políticas públicas ambientais, baseando-se em valores éticos, culturais, existenciais e informações derivadas da ciência.”
Parafraseando relatório do Governador de Matto Grosso Capitão General Rodrigo César de Menezes, arquivado e citado por Taunay em História das Monções:
“-Após dois anos sem nenhuma chuva na Vila do Bom Jesus de Cuyabá, Rodrigo César de Menezes não ficará mais entre nós, solicitou seu retorno à corte, já separou suas malas e enviou como escalão precursor, em bem armada Monção ao Monarca Português, 10,5 arrobas e 389,5 oitavas de ouro de impostos arrecadados. Depois de suas lavouras não terem vingado e pela perda das sementes que plantou, ele tomou a decisão, há quem diga que parte triste, reclamando das mudanças climáticas. Deve chegar ao Rio de Janeiro em 1728 se os paiaguás e os guaicurus não lhe cobrarem pedágio.”
As informações sobre chuvas no Pantanal, não necessitam serem buscadas somente na régua da Marinha, em 1900 foi instalado com equipamentos doados pelo Governador eleito da Província de Matto Grosso, Antônio Paes de Barros o industrial Totó Paes, ao Lycêo Salesiano de Cuiabá, que a partir de 1911 passou a integrar a Rede Nacional de Meteorologia do Ministério da Agricultura, onde funcionou até 1966, quando foi transferido para o 4° e depois 9° Distrito do Instituto Nacional Meteorologia, Inmet, órgão agora do MAPA.
Não podemos continuar expondo pois está sendo infrutífero nosso pantaneiro contraponto, a cultura woke e o lero-lero usa as doações que os milionários recebem dos inocentes inúteis emocionados com imagens montadas, para impor a cruel e destrutiva narrativa em desfavor dos pantaneiros.
Editores que não consultam os autores antes da publicação de artigos conjuntos, omissão que concede a chantageadores piromaníacos, a vitória nas midias que escondem as verdadeiras causas da destruição das Apps, matas ciliares e dos rios pantaneiros, comemorando a impunidade ao impedir que a realidade triunfe sobre os nefastos usurpadores do Pantanal.
Repentinamente, rompe o silêncio da madrugada, sons repetitivos de pipiripipi vindos da velha torre do Porto da Manga:
S.O.S.
Slower. Older. Smarter
Mais lento. Mais velho. Mais esperto.
S.I.R.
Sismo Induzido Represa
R.E.I.
Rolamento. Evaporação. Infiltração.
Vizinhos reclamaram tanto do barulho do telégrafo, até que um velho rádio amador decifrou a repetição dos pontos e traços…
Não era nada…
Só mais um espírito pantaneiro tentando se comunicar inutilmente…
Armando Arruda LacerdaPorto São Pedro