Peças de luxo chamam atenção em evento oficial
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e a primeira-dama Janja têm ostentado relógios de luxo da marca suíça Omega, avaliados em mais de R$ 70 mil. Os modelos, da linha Constellation, foram vistos no casal durante compromissos oficiais, incluindo a visita do presidente chinês Xi Jinping ao Brasil para a Cúpula do G20, em novembro.
Detalhes dos relógios
- Relógio de Lula: Um Omega Constellation de 39 mm, em ouro amarelo e aço. O modelo é resistente a campos magnéticos de até 15.000 gauss, tem vidro de safira convexo, tratamento antirreflexo em ambas as faces e resistência a riscos. Embora não esteja disponível para compra no Brasil, é encontrado em boutiques internacionais por 8.860 euros, o que corresponde a aproximadamente R$ 56.298,57.
- Relógio de Janja: Um Omega Constellation de 28 mm, em aço, com vidro de safira convexo, resistente a riscos e tratamento antirreflexo. Disponível no site oficial da Omega em coroas suecas, o valor é de 20.200 coroas, convertendo para R$ 16.147,89.
Histórico de luxo: outros relógios de Lula
Não é a primeira vez que Lula exibe relógios de alto valor. Durante seu primeiro mandato, o presidente recebeu presentes como:
- Piaget, avaliado emR$ 80 mil.
- Cartier Santos Dumont, feito em ouro branco 18 quilates, prata 750, com coroa em safira azul, avaliado em R$ 60 mil.
Modelos mais sofisticados do Cartier Santos Dumont podem chegar a custar quaseR$ 300 mil.
Debate sobre presentes presidenciais
Os relógios de luxo reacenderam discussões sobre a incorporação de presentes ao acervo privado dos presidentes. Em 2016, o Tribunal de Contas da União (TCU) auditou o Cartier recebido por Lula e registrou como um presente da fabricante. Contudo, em julho deste ano, o TCU decidiu que Lula pode ficar com o relógio, argumentando que não há legislação específica que obrigue a devolução.
A decisão contrasta com o caso das joias recebidas pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que teve de devolver presentes da Arábia Saudita após deixar o cargo.
O ministro Jorge Oliveira ressaltou que a criação de normas para o tratamento de presentes é responsabilidade do Congresso Nacional, e não do TCU, o que reforçou a permissão para que Lula mantivesse os itens em questão.
As informações são do Diário do Poder