O real acumula uma queda de 21,52% em 2024, segundo o índice Ptax, e retornou a patamares críticos vistos durante a pandemia de Covid-19. Nesta terça-feira (17), o dólar fechou cotado a R$ 6,09, após atingir R$ 6,20 durante o pregão, renovando sua máxima histórica.
Desconfiança com o Pacote Fiscal
A valorização do dólar reflete a preocupação dos investidores com as contas públicas brasileiras. O pacote fiscal apresentado pelo governo no final de 2023 não convenceu o mercado, que considera as medidas insuficientes para equilibrar os gastos.
“A desconfiança do mercado em relação à trajetória das contas públicas continua afetando o câmbio. O pacote fiscal do governo, divulgado no final de 2023, não conseguiu convencer os investidores”, afirmou o analista Einar Rivero, da Elos Ayta, em entrevista à CNN.
Cenário de 2025 Depende de Reformas
Para 2025, Rivero projeta que o desempenho do câmbio dependerá de uma política fiscal mais robusta, crescimento econômico acelerado e condições externas favoráveis.
“A resiliência cambial do Brasil ainda depende de ajustes estruturais e de uma gestão econômica mais previsível”, concluiu o analista.
Desempenho Histórico
A desvalorização do real em 2024 é o quinto pior resultado desde o ano 2000. O cenário atual reforça os desafios do governo em reconquistar a confiança dos investidores e garantir a estabilidade econômica.