Ex-chefes de governo denunciam invasão armada à embaixada argentina na Venezuela
Carta condena atos da ditadura Maduro e intervenção diplomática da Suíça
Vinte e um ex-chefes de Estado e Governo, participantes do Grupo Iniciativa Democrática da Espanha e das Américas (IDEA), assinaram uma carta denunciando a invasão armada à embaixada da Argentina em Caracas, Venezuela, e o assassinato de mais dois presos políticos pela ditadura de Nicolás Maduro. O documento também condena uma suposta intervenção diplomática da Suíça para entregar o ex-ministro dos Transportes e Comunicações da Venezuela, Fernando Martínez Mottola, às autoridades do regime.
Asilo e Perseguição
Desde 20 de março deste ano, seis opositores estão asilados na embaixada argentina em Caracas. Além de Mottola, estão entre os asilados:
- Pedro Urruchurtu, coordenador de relações internacionais do partido Vente Venezuela;
- A ativista Magalli Meda;
- O ex-deputado Omar González;
- A jornalista Claudia Macero;
- Humberto Villalobos.
A carta destaca a precariedade das condições enfrentadas pelos asilados, incluindo falta de insumos e isolamento. Todos são apoiadores de María Corina Machado, uma das principais opositoras de Maduro.
Acusações Contra a Suíça
O documento acusa a Suíça de não conceder os salvo-condutos necessários para que os asilados possam deixar o país. Em vez disso, o país teria mediado para que Fernando Martínez Mottola fosse entregue ao regime de Maduro, aumentando a pressão sobre os opositores.
Chamado à Comunidade Internacional
Os ex-chefes de Estado e Governo pedem ação urgente de entidades internacionais para proteger os direitos humanos na Venezuela. As organizações mencionadas incluem:
- Organização dos Estados Americanos (OEA);
- União Europeia (UE);
- Tribunal Penal Internacional (TPI).
O grupo clama por medidas para evitar novos abusos e proteger os asilados, que continuam sob ameaça.