InternacionalNotícias

Correios dos EUA proíbem pacotes da China: entenda o motivo da medida

Decisão ainda não tem data para ser implementada no país

Nesta quarta-feira, dia 5, o Serviço Postal dos Estados Unidos (USPS), a agência postal do país, informou que não aceitará mais encomendas vindas da China e de Hong Kong. Porém, a medida não entrará em vigor imediatamente e não existe uma data estabelecida para sua implementação.

O anúncio da medida ocorreu após os EUA estabelecerem uma tarifa de 10% sobre os produtos da China e eliminarem uma isenção aduaneira que permitia a entrada de encomendas de pequeno valor no país sem a necessidade de pagamento de impostos, conforme relatado pela Associated Press.

Essas empresas conseguem manter os custos baixos graças ao serviço postal acessível e direto, bem como à isenção “de minimis”, que antes permitia que as encomendas fossem isentas de impostos se o seu valor fosse inferior a US$ 800.

Em 2024, aproximadamente 1,36 bilhão de remessas ingressaram nos EUA via cláusula de minimis, representando um crescimento de 36% em relação a 2023, conforme indicam os dados da Alfândega e Proteção de Fronteiras dos EUA.

Correios como arma na guerra tarifária

No momento, as remessas “de minimis” são agrupadas para permitir que a alfândega libere centenas ou milhares de encomendas simultaneamente, mas agora será necessário obter liberações individuais, o que sobrecarrega os serviços postais, conforme informado pela agência Reuters

Por exemplo, a Easyship, uma provedora de logística, orientou seus clientes a instalar centros de distribuição nos EUA. Essa recomendação é um reflexo do objetivo do presidente dos EUA, Donald Trump, que vê na “taxação externa” uma maneira de estimular o mercado interno.

A rápida expansão da varejista de fast-fashion Shein e da loja online Temu nos EUA, ambas comercializando produtos que variam de brinquedos a smartphones, deve-se em parte à isenção de minimis.

As duas companhias combinadas contribuíram com mais de 30% de todas as encomendas enviadas diariamente para os EUA sob a cláusula de minimis, conforme informado pelo Congresso dos Estados Unidos em um relatório de junho de 2023.

As informações são da Revista Oeste

 

Artigos relacionados

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Botão Voltar ao topo