
A Investigação do Serviço Regional de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (SERIPA), sobre a colisão de uma aeronave da Gol com uma viatura de manutenção do RIOgaleão, concessionária que administra o Aeroporto Internacional Antônio Carlos Jobim, irá apurar se o carro tinha autorização da torre para acessar a pista.
Fontes próximas à equipe do aeroporto contaram ao blog que o veículo tinha sido autorizado pela torre a realizar um serviço de manutenção no balizamento, como é chamada a sinalização de luzes ao longo da pista. Mas essa versão só poderá ser comprovada após a conclusão dos investigadores.
“Os funcionários não estavam no eixo [dentro] da pista. Eles pediram para acessar e a torre autorizou, só que o Gol já estava correndo”, disse a fonte, sob condição de anonimato.
“Esse carro aí era da Predial, que é a nossa terceirizada para manutenção e quem estava [dentro] eram dois caras que estavam fazendo a manutenção das luzes de pista. Então era algo até programado e que teve autorização da torre de controle. Então, aí falou que os caras quando viram o avião, eles estavam perto do carro, né? Eles só tiveram tempo de sair de perto do carro e pular na grama do lado”, relatou a fonte.
Ainda de acordo com a fonte, “o incidente aconteceu perto de onde parte dos bombeiros ficam. Eles saíram antes de soar o alarme porque já tinham ouvido o acidente”.
Especialistas explicam que viaturas de serviço seguem as mesmas normas dos aviões.
“A viatura deve seguir as mesmas regras da aeronave, para em um ponto de espera, chama a torre de controle, se identifica e solicita o ingresso na pista, justificando o motivo. Recomenda-se fortemente que a viatura tenha um rádio na escuta permanente da torre”, explica ao blog Fernando Siqueira, Engenheiro Aeronáutico e especialista em Operações Aeroportuárias e Segurança Operacional.
“Controlador quando autoriza uma viatura a fazer inspeção, ele tem um aviso em frente à tela do computador escrito em vermelho ‘pista em vistoria’, para quando ele for autorizar um pouso ou decolagem, ele possa se certificar da situação”, explica Siqueira.
Siqueira afirma que os diálogos entre torre, aeronave e viaturas ficam gravados, o que deve esclarecer a ocorrência.
Por: Luiz Fara Monteiro