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Economia brasileira mostra estagnação em fevereiro, aponta FGV

Relatório do Monitor do PIB indica perda de ritmo na atividade econômica e alerta para cenário externo incerto

atividade econômica do Brasil ficou estagnada em fevereiro, segundo dados do Monitor do PIB, divulgado nesta segunda-feira (14) pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV Ibre). O relatório indica crescimento nulo (0%) na comparação com janeiro, considerando os dados dessazonalizados — ajustados para eliminar influências típicas do período, como sazonalidade.

Apesar da estagnação no curto prazo, o estudo mostra que houve avanço de 2,7% em relação a fevereiro de 2024 e acúmulo de crescimento de 3,1% nos últimos 12 meses. Ainda assim, os números revelam perda de fôlego da economia nacional, com retrações em segmentos fundamentais.
Setores se equilibram, mas consumo e exportações pesam no resultado

De acordo com a economista Juliana Trece, coordenadora do levantamento, o resultado estagnado decorre do equilíbrio entre avanços e quedas em diferentes setores. A indústria e os investimentos registraram crescimento, mas esse desempenho foi neutralizado por reduções no consumo das famílias, na agropecuária e nas exportações.

“Esses resultados mostram que, apesar de alguns destaques positivos, há perda de força na economia, com retrações em componentes importantes do PIB”, explicou Trece.

Os dados do Monitor do PIB funcionam como uma prévia do PIB trimestral oficial, divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A ferramenta permite identificar, com mais frequência, tendências de curto prazo da economia.

Tensões externas e guerra tarifária prejudicam cenário brasileiro

No campo internacional, o ambiente econômico se mostra ainda mais instável. A guerra tarifária intensificada pelos Estados Unidos, sob liderança do presidente Donald Trump, eleva as incertezas para o comércio global.

As novas tarifas visam principalmente produtos chineses, mas acabam impactando exportadores de diversos países, incluindo o Brasil. Segundo a FGV, as medidas incluem sobretaxas de 10% na maioria dos produtos brasileiros e de até 25% para setores como aço e alumínio, o que pode restringir ainda mais a expansão das exportações nacionais nos próximos meses.

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