ONU chama atenção para risco catastrófico
UNICEF lança apelo global por ajuda humanitária imediata para a Faixa de Gaza e alerta para possível aumento dramático na mortalidade infantil devido a desnutrição e doenças em meio à guerra

Em meio à crise humanitária devastadora que castingue a Faixa de Gaza em sua segunda década turbulenta, o UNICEF fez um apelo urgente à comunidade internacional para abrir corredores de ajuda humanitária e garantir o acesso total à região, ameaçada pela falha sistêmica de serviços básicos, bloqueios logísticos e destruição generalizada.Humanitária mantém que, nos últimos dois anos, mais de 64 mil crianças foram mortas ou gravemente feridas no conflito, muitas delas por causas preveníveis como desnutrição, doenças oportunistas e falta de água potável. A guerra também deixou milhares de menores órfãos, gerando um colapso social profundo que agrava ainda mais a vulnerabilidade da população.UNICEF
Segundo a agência da ONU, pelo menos 50 mil crianças estão à beira da desnutrição aguda, podendo elevar vertiginosamente o número de óbitos nos próximos meses caso não haja uma intervenção rápida. Em suas declarações, representantes da organização alertam que a baixa imunidade da população infantil aumenta o risco de surtos de doenças como diarreia, malária e infecções respiratórias — inimigas letais de quem já sofre com fome e desalento.Reuters
Além da crise alimentar, a destruição da infraestrutura adiciona uma camada de risco: apenas 14 dos 36 hospitais permanecem minimamente operacionais e grande parte das escolas foi atingida, interrompendo a educação de mais de 600 mil alunos. A escassez de água potável coloca outras centenas de milhares em risco de doenças fatais.UNICEF+1
O diretor-geral da agência, Ricardo Pires, enfatizou que “cada dia sem entrada massiva de ajuda se traduz em crianças mortas ou gravemente adoecidas”, pedindo às potências envolvidas que respeitem o direito internacional humanitário e protejam os civis. A pausa recente nos combates, motivada por um cessar-fogo negociado, criou uma janela de oportunidade, mas, segundo o UNICEF, os obstáculos logísticos ainda impedem a operação plena de assistência.Cadena SER
O apelo dela à comunidade internacional reveste-se de urgência: sem ajuda imediata, haverá uma explosão de mortes entre recém-nascidos e crianças pequenas nos próximos meses. Durante os períodos de trégua anteriores, mesmo entregas limitadas de alimentos e remédios demonstraram impacto positivo imediato, sinalizando que uma intervenção internacional coordenada pode salvar inúmeras vidas. “Uma trégua verdadeira deve ir além das palavras — deve colocar os direitos das crianças no centro. Sem isso, essa guerra nunca terá fim”, afirmou Pires em seu apelo final. UNICEF
Da redação Mídia News