O Brasil assinou, nesta quarta-feira (12), um acordo internacional que prevê a eliminação gradual de caminhões movidos a biocombustíveis até 2040. O compromisso faz parte de um esforço global para acelerar a transição energética no setor de transporte pesado, um dos maiores responsáveis pela emissão de gases de efeito estufa.
O pacto, firmado durante a Conferência do Clima das Nações Unidas (COP), inclui mais de 30 países e grandes montadoras, com o objetivo de substituir progressivamente os veículos movidos a etanol, biodiesel e outros biocombustíveis por modelos elétricos e movidos a hidrogênio verde.
De acordo com o Ministério do Meio Ambiente, o Brasil pretende iniciar a substituição da frota a partir de 2030, priorizando corredores logísticos estratégicos e parcerias com a iniciativa privada para ampliar a infraestrutura de recarga e abastecimento de hidrogênio.
Especialistas apontam que, embora o país tenha tradição no uso de biocombustíveis, a tendência global caminha para tecnologias de emissão zero. A medida pode impactar setores econômicos ligados à produção de etanol e biodiesel, mas também abrir oportunidades para novas cadeias produtivas ligadas à energia limpa.
“O desafio será equilibrar a transição sem comprometer empregos e investimentos já consolidados. O futuro do transporte é verde, mas precisa ser planejado com responsabilidade”, destacou um representante da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT).
A adesão brasileira ao acordo reforça o compromisso do país com a descarbonização da economia e coloca o Brasil em posição de destaque nas negociações climáticas internacionais.
Da redação Mídia News
