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Conteúdo aspiracional x vida real: o que engaja mais?

O conteúdo aspiracional sempre teve força

Nas redes sociais, existe um debate constante sobre o que realmente prende a atenção do público: o conteúdo aspiracional, que vende sonhos e estilos de vida quase inalcançáveis, ou o conteúdo de vida real, que mostra o cotidiano de forma simples, com falhas, vulnerabilidades e autenticidade. Essa dualidade movimenta tanto influenciadores quanto marcas, que precisam escolher o tom certo para manter relevância e engajamento.

O apelo do aspiracional

O conteúdo aspiracional sempre teve força. Ele se apoia no desejo humano de projetar uma vida melhor, mais bonita, mais luxuosa. Perfis que exibem viagens paradisíacas, corpos esculturais, roupas de grife e rotinas de “sucesso” alimentam a fantasia de quem assiste. A lógica é simples: quanto mais distante da realidade comum, maior a sensação de status, poder e conquista.

Marcas de moda, beleza, turismo e automóveis, por exemplo, se beneficiam desse formato, pois criam um ideal que o público deseja alcançar. Porém, a contradição aparece quando a distância entre o que se vê e o que se vive se torna tão grande que gera frustração. Muitos usuários já se cansaram da “vida perfeita” do Instagram e passaram a buscar conexões mais humanas.

A força da vida real

Do outro lado, o conteúdo que mostra vulnerabilidades, bastidores e situações reais cresce cada vez mais. Influenciadores que compartilham perrengues de viagem, rotina com filhos, dificuldades financeiras ou mesmo momentos de fragilidade emocional conquistam confiança. Esse tipo de material gera identificação imediata, já que a audiência se reconhece na experiência.

O Tik Tok foi um dos grandes impulsionadores dessa onda. Lá, vídeos sem edição elaborada e com linguagem espontânea conseguem viralizar com facilidade. Isso demonstra que a autenticidade tem alto poder de engajamento, principalmente entre as gerações mais novas, que valorizam discursos transparentes.

O equilíbrio como estratégia

Não é que um formato anule o outro. Pelo contrário: o maior sucesso está em encontrar o ponto de equilíbrio. Um influenciador de viagens pode mostrar a beleza de um destino (aspiração), mas também dividir perrengues como voos atrasados ou hospedagens ruins (vida real). Uma marca de moda pode exibir peças sofisticadas, mas também trazer diversidade de corpos e contextos.

Esse mix permite que o público sonhe, mas sem perder a conexão com a realidade. Ele cria tanto o desejo de aspirar quanto o conforto da identificação.

O que engaja mais?

A resposta depende do nicho e do público-alvo. Em segmentos como luxo, estética e performance, o aspiracional ainda domina. Já em áreas ligadas a comportamento, estilo de vida cotidiano e entretenimento, a vida real gera mais engajamento.  Baixar video Instagram

No fim, a tendência é clara: a audiência atual quer menos máscaras e mais transparência. O futuro do marketing de influência não será apenas mostrar sonhos inalcançáveis, mas provar que por trás de cada conquista existe também esforço, falhas e humanidade.

Fonte: Izabelly Mendes

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