Marcio Pochmann, o controverso presidente do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), reafirmou seu desejo de introduzir mudanças na instituição para atualizar a interpretação estatística da realidade presente. Em uma conversa com a Bloomberg News, Pochmann, que se considera o único líder do IBGE com uma “vinculação ao trabalho”, compartilhou sua percepção de que as abordagens atuais não são suficientemente eficazes para capturar os elementos da economia digital.
O diretor do IBGE, indicado por Lula, deseja alterar estatísticas que podem “melhorar” o PIB, o emprego e reduzir a pobreza: “igual a China”.
Ele ressaltou que um “novo mundo” está emergindo, onde as estatísticas lutam para incluir dados ligados à empregabilidade, rendimento e valor adicional. O líder do IBGE declarou que a economia digital está apresentando desafios para as avaliações convencionais do Produto Interno Bruto (PIB), tornando-as imprecisas.
Pochmann, famoso por suas afirmações controversas, mencionou no ano passado o seu suporte aos métodos estatísticos chineses usados para avaliar a economia dos influenciadores. Ele aplaudiu os esforços da China em entender o processo de digitalização, deixando de lado as preocupações sobre a ocultação de dados econômicos que não favorecem o governo chinês.
Durante a entrevista, Pochmann rebateu as críticas e acusações que recebeu de prejudicar a credibilidade do Instituto, com destaque para as questões relacionadas ao seu tumultuado período no Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA). Ele manifestou seu desapontamento com o que vê como uma tentativa de destruição de sua reputação pela mídia, alegando que não teve a chance adequada para se defender.
Pochmann confirmou uma investigação em curso sobre o erro na disseminação dos números do IPCA-15. Ele explicou que o computador designado para divulgar os dados estava ajustado para o horário de verão, mesmo após a prática ter sido abolida no Brasil em 2019.
O texto também destacou a atualização de expressões como “aglomerados urbanos” ou “aglomerados subnormais” para “favelas e comunidades urbanas” como um dos grandes feitos de Pochmann durante seu comando no IBGE. Com informações de O Antagonista.