De janeiro a dezembro de 2023, o total de “investimentos diretos no país” (IDP) chegou a US$ 62 bilhões. Isso representa uma redução de US$ 12,6 bilhões se comparado ao ano de 2022, período em que o ingresso de dólar para investimento no país somou US$ 74,6 bilhões.
No que diz respeito à proporção do Produto Interno Bruto, esse tipo de investimento representou 2,85% do PIB no final do ano. Em 2022, correspondia a 3,82% do PIB.
Em dezembro, a saída líquida (maior que as entradas) totalizou US$389 milhões, consistente com as saídas líquidas registradas em dezembro de 2022, que foram de US$479 milhões.
Nesta segunda-feira, foram divulgados dados do Banco Central do Brasil.
Nesta conta, leva-se em consideração a “participação no capital”, que envolve a entrada de recursos para a aquisição ou aumento do capital social de empresas residentes. Também estão incluídas neste pacote as chamadas “operações intercompanhia”, como a concessão de créditos pelas subsidiárias ou filiais no exterior a suas matrizes no Brasil.
A diminuição do “Investimento Direto no País” é justificada pela baixa nos valores das commodities (precificadas em dólar), bem como por elementos como o “risco fiscal”, que afetam o apelo do país.
Ademais do IDP, foi demonstrado pelo Banco Central que houve um déficit menor acumulado nas transações correntes do Brasil – que são medidas pela entrada e saída de dólares – em 2023. Foi registrado um saldo negativo de US$ 28,6 bilhões ou 1,32% do PIB.
No acumulado do ano de 2022, houve um déficit de US$48,3 bilhões (2,47% do PIB). Esse resultado pode ser explicado pela diminuição das importações e pelo crescimento das exportações.
Em 2023, as vendas de bens ao exterior alcançaram um recorde histórico, com US$ 344,4 bilhões, representando um crescimento de 1,2% em comparação a 2022.
Por outro lado, as importações totalizaram US$263,9 bilhões, uma queda de 10,9% na mesma base comparativa. As informações são do O Globo.