Em 2024, o Brasil superou o número de 700 óbitos causados por dengue. Segundo o Ministério da Saúde, o total exato é de 715 mortes, além de outros mil casos ainda sob investigação por possível ligação com a doença.
Na quinta-feira, dia 21, foi informado pelo painel de monitoramento de casos da pasta que o Brasil confirmou “2 milhões de casos”. No dia seguinte, sexta-feira, o número aumentou para “2,045 milhões”.
Coeficiente sobe para 1007,2 casos a cada 100 mil habitantes
Outra estatística que se sobressai é o coeficiente de incidência da dengue. De acordo com a atualização mais recente, ele é de 1007,2 casos por 100 mil pessoas. No entanto, na terça-feira passada, dia 19, o coeficiente estava em 954,2, o que sugere uma tendência de crescimento.
Atualmente, o Estado com o maior número de infecções é Minas Gerais, registrando 690 mil casos até a mais recente atualização. Nesse local, esse acumulado de casos resultou em 117 óbitos, e ainda há mais 406 em investigação.
A seguir, São Paulo (389 mil), Paraná (190mil), Distrito Federal (162mil) e Rio de Janeiro (151 mil) são listados.
O último Estado a declarar situação de emergência em saúde pública para a dengue foi São Paulo. A ação foi tomada após a recomendação de equipes de saúde, que reportaram mais de 30 óbitos causados pela doença.
Acre, Minas Gerais, Goiás, Espírito Santo, Santa Catarina e Rio de Janeiro também já declararam estado de emergência.
Nísia atribui epidemia de dengue ao clima e descarta vacina como solução
Na quarta-feira, dia 20, Nísia Trindade, ministra da Saúde, novamente atribuiu as “mudanças climáticas” como a causa da epidemia de dengue no Brasil. A ministra notou que “parece que todos os problemas de saúde foram antecipados neste ano”. Ela adicionou que “isso não é por acaso. Tem a ver com fatores climáticos e ligados aos próprios vírus”.
Nísia comentou que nenhum país possui a vacina japonesa Qdenga em abundância, a mais famosa até agora, ao discutir a escassez de doses para toda a população.
Assim, a produção nacional é incentivada pelo governo federal, através do Instituto Butantan. No entanto, ainda não existe uma data para a divulgação de um cronograma. Nísia afirmou, “Está em processo, mas não temos ainda a definição precisa de quantas doses poderão ser produzidas, pois há várias questões técnicas que não vou comentar”.
A ministra, no entanto, acredita que o próprio imunizante não será o que irá aliviar a crise sanitária. Ela declarou: “A vacina é um instrumento importantíssimo a médio e longo prazo, mas não é a solução para essa epidemia, ainda mais uma que é aplicada em duas doses com intervalo de três meses”.
As informações são da Revista Oeste