A Igreja de São Lucas Evangelista divulgou que haverá uma missa neste sábado, dia 27, em uma propriedade rural ocupada pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) na madrugada da última quarta-feira, dia 17, no Espírito Santo. A previsão é de que a cerimônia ocorra às 16h30 na Fazenda Coqueirinho, localizada no município de São Mateus.
A cerimônia religiosa foi anunciada pelos ativistas nas plataformas digitais, contudo, foi removida após gerar grande impacto. A foto convida a “todos os companheiros e companheiras, agricultores familiares, assentados da reforma agrária e demais amigos e amigas do MST para participar desta importante manifestação da mística e fé junto às famílias Sem Terra.”
A propriedade rural ocupada pelo MST possui 294 hectares, incluindo uma área não cultivada de 28 hectares. Anteriormente, o terreno serviu como local para uma indústria de farinha de mandioca. Os ocupantes afirmam que a propriedade está sob jurisdição federal por “não cumprimento de direitos trabalhistas”.
A ocupação da Fazenda Coqueirinho faz parte do “Abril Vermelho”, um período reconhecido por ter um aumento nas invasões de terra pelos ativistas em todo o país.
Projeto de Lei para Penalizar Invasões é Aprovado no Espírito Santo
Na segunda-feira passada, dia 22, o Projeto de Lei (PL) 166/2023, que penaliza invasores de terras, foi aprovado pela Assembleia Legislativa do Espírito Santo (Ales). O objetivo da proposta é desencorajar as atividades do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST).
A aprovação do projeto ocorreu em uma sessão extraordinária na tarde de segunda-feira. Dos 30 deputados da Ales, apenas três se opuseram à proposta. Entretanto, o número oficial de parlamentares que estavam presentes não foi divulgado.
De autoria do deputado Lucas Polese (PL), o projeto cria punições para invasores de propriedades rurais e urbanas particulares do Espírito Santo. A lei vai punir “todo aquele que invade propriedades (…), com violência a pessoa ou grave ameaça, ou mediante concurso de mais de duas pessoas, para o fim de esbulho possessório”.
As informações são da Revista Oeste
