Editor do The Telegraph afirma que a gestão de Biden incendiou o mundo em quatro anos
O editor do The Telegraph lançou fortes críticas à política externa do governo de Joe Biden
No artigo publicado na noite da última quarta-feira, 25, Con Coughlin, editor de Defesa e Relações Exteriores do jornal britânico The Telegraph, fez duras críticas à política externa do governo de Joe Biden.
Para o jornalista, “o fracasso abjeto do presidente Joe Biden em fornecer uma liderança global eficaz” se comprova com o fato de que “os EUA estão enviando mais forças para o Oriente Médio”, onde as tensões são crescentes.
Os ataques a Israel pelos terroristas do Hezbollah aumentaram, com Israel já iniciando sua retaliação. O jornalista ressalta que tanto os terroristas libaneses quanto o Hamas recebem financiamento do Irã.
“Um fator significativo no aumento da violência tem sido o papel malévolo que o Irã tem desempenhado. Isso inclui fornecer ao Hamas o financiamento e o apoio militar que o permitiram conduzir o pior atentado terrorista na história de Israel e fornecer ao Hezbollah os mísseis que agora estão sendo disparados contra Israel diariamente”, explica o jornalista.
Falhas da política de Biden com o Irã
Mas a política de Biden em relação ao Irã é falha. “Em vez de responsabilizar Teerã pelo estabelecimento da sua rede de grupos terroristas islâmicos — o chamado “eixo da resistência” —, Biden esforçou-se ao máximo para reavivar o falho acordo nuclear iraniano”.
A avaliação do editor também incluiu a relação de Biden com a Arábia Saudita, que “levou a um declínio acentuado na influência de Washington”, visto que os sauditas estão se aliando a concorrentes dos EUA, como Rússia e China. O democrata está prestes a deixar a Casa Branca sem conseguir implementar o almejado cessar-fogo e com “o maior acúmulo militar norte-americano no Oriente Médio desde a invasão do Iraque, com toda a região à beira do colapso”.
O editor do Telegraph criticou Biden, citando o discurso do presidente norte-americano na Assembleia-Geral da ONU. Ele alegou que o democrata “teve a audácia de sugerir que sua Presidência havia conseguido restabelecer o papel de liderança dos Estados Unidos no cenário mundial depois da ‘crise e incerteza’ que ele herdou ao assumir o cargo”.
O editor afirma que “a sugestão de que ele restaurou o papel de liderança de Washington é nada menos que ilusória”.
Rússia versus Ucrânia e Afeganistão
Coughlin ressaltou a hesitação do presidente americano em relação ao conflito na Ucrânia, que foi invadida pela Rússia. Segundo ele, “em vez de fornecer apoio inequívoco, Biden frequentemente pareceu mais preocupado em não provocar Putin. Isso atrasou o fornecimento de equipamento vital e resultou em restrições rígidas ao uso do que foi fornecido”.
O editor de Relações Exteriores do Telegraph afirma que “é discutível” se Putin decidiu invadir a Ucrânia em razão do “tratamento desastroso de Biden na retirada dos Estados Unidos do Afeganistão no verão de 2021 — outra questão convenientemente esquecida em seu discurso na ONU —, que deixou a impressão indelével de uma grande potência em declínio terminal”. Mas lembrou que poucas semanas depois desse “desastre humilhante”, Putin deu ordens para a invasão da Ucrânia.
Coughlin termina o artigo ao afirmar que “a Presidência de Biden não restaurou a liderança global dos Estados Unidos, como o presidente alegou na ONU”. Ao contrário, “foi um desastre absoluto, e ele deixará o cargo com o mundo em um estado muito mais perigoso do que quando entrou na Casa Branca”.
As informações são da Revista Oeste