O vereador Lucas Lopes Ribeiro (PT), de Ribas do Rio Pardo (MS), se entregou à Polícia Civil na manhã desta segunda-feira (3). O parlamentar é acusado de atropelar uma mulher de 41 anos na madrugada de domingo (2) e fugir sem prestar socorro.
Embora a polícia suspeite que o vereador estivesse alcoolizado, Ribeiro nega que estivesse sob efeito de álcool no momento do acidente. Segundo seu advogado, o depoimento oficial ainda será agendado.
Tentativa de linchamento e destruição do carro
Testemunhas relataram que Ribeiro teria saído de um evento musical antes do atropelamento. Durante a fuga, ele bateu em dois carros e em um caminhão. Revoltados com a atitude do vereador, moradores tentaram linchá-lo e atearam fogo no seu veículo.
A defesa do petista alegou que ele fugiu por medo de agressões e que teria sido retirado do local por populares. No entanto, quando questionado sobre onde Ribeiro estava antes do acidente, o advogado evitou dar detalhes, limitando-se a dizer que ele estava na casa de uma amiga.
Câmara Municipal e PT se manifestam
A presidente da Câmara Municipal, Tânia Maria Ferreira de Souza (PP), anunciou que abrirá uma investigação sobre a conduta do vereador.
“Esta Casa de Leis será imparcial e incansável, garantindo a resposta necessária à nossa população, respeitando as garantias constitucionais”, declarou a parlamentar.
O PT municipal também se pronunciou, criticando a atitude do vereador, mas evitando qualquer decisão imediata sobre sua expulsão do partido.
“Os comportamentos individuais e socialmente reprováveis atribuídos a um de seus filiados não refletem os valores e diretrizes que norteiam a nossa agremiação”, disse o diretório petista em nota oficial.
Impunidade ou responsabilização?
O caso levanta questionamentos sobre a postura do PT diante de condutas criminosas de seus filiados, além de trazer à tona o problema da impunidade de políticos envolvidos em crimes.
Agora, resta saber se Lucas Lopes Ribeiro será tratado como qualquer outro cidadão perante a Justiça ou se tentará se valer de sua posição política para escapar das consequências legais.