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GloboNews justifica condenação de Débora: “não é apenas um batom”, diz natuza Nery

Jornalista afirma que cabeleireira teria participado de tentativa de golpe de Estado e minimiza reação à pena de 14 anos

A jornalista Natuza Nery, em comentário veiculado pela GloboNews nesta sexta-feira, 28, saiu em defesa da condenação da cabeleireira Débora dos Santos, que ganhou notoriedade após escrever com batom a frase “perdeu, mané” na Estátua da Justiça, em frente ao Supremo Tribunal Federal (STF). Segundo ela, a reação contrária à pena imposta foi impulsionada por setores da “extrema direita”.

Para a jornalista, “a extrema direita se apegou ao caso da Débora” porque “dá rosto à ideia de uma pena excessiva” e à “hipótese de uma injustiça”.

Ainda segundo Natuza, mesmo que a pena possa parecer desproporcional à primeira vista, haveria razões que justificam a condenação. “Uma coisa é nós, no nosso senso comum, avaliarmos que a pena foi demais”, observa. “A outra coisa são as circunstâncias dessa condenação ou do voto dos ministros.”

“Não é apenas um batom”, afirma GloboNews em defesa da sentença

A frase “não é apenas um batom” foi utilizada para rebater as críticas que sugerem que Débora teria sido condenada apenas pelo ato simbólico. A jornalista da GloboNews argumenta que sua participação nos eventos do 8 de janeiro foi parte de algo maior.

“O fato de ela estar lá, no acampamento, e esse acampamento era sabidamente um movimento com fins de um golpe de Estado”, disse Natuza. No entanto, não há provas de que todas as pessoas presentes no acampamento conspiravam para um golpe.

Um exemplo citado é o caso do morador de rua Flávio Soldani, de 58 anos, que está preso até hoje. Sem motivação política, Soldani frequentava os acampamentos montados nas cercanias do Quartel-General de Brasília apenas para comer e dormir.

A narrativa apresentada pela jornalista da GloboNews reforça a tese de que a simples presença no local já poderia ser considerada prova de envolvimento em tentativa de golpe. “Então, quem estava frequentando o acampamento golpista estava porque se interessava num golpe de Estado”, acusou Natuza. “Ele faz parte de uma preparação de um golpe de Estado. A história do batom é só um detalhe a mais dessa história.”

GloboNews destaca acordos firmados com a PGR

Natuza também justificou o fato de que alguns dos envolvidos foram liberados após firmarem acordo com a Procuradoria-Geral da República (PGR). “Quem aceitou o acordo de não persecução penal, fez lá um curso de democracia, essas pessoas estão em casa”, disse.

Por fim, a jornalista reconheceu que Débora tem direito à prisão domiciliar, conforme previsto na legislação para mulheres com filhos menores. “Não significa que não seja correta a prisão domiciliar”, disse. “Ela está em prisão preventiva, tem filhos e a lei dá a ela esse direito.”

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