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Brasília recebe líder do PCC preso em ação internacional na Bolívia

Marcos Roberto de Almeida, o Tuta do PCC, foi detido em Santa Cruz de la Sierra na sexta-feira 16, quando tentava renovar um documento falso

Marcos Roberto de Almeida, também conhecido como Tuta, que foi identificado como o sucessor de Marcola na liderança do Primeiro Comando da Capital (PCC), chegou à Penitenciária Federal de Brasília neste domingo, 18, após cinco anos na condição de foragido. Anteriormente, sua prisão ocorreu na Bolívia.

A Fuerza Especial de Lucha contra el Crimen prendeu Tuta na sexta-feira 16, enquanto ele tentava obter um novo documento de identidade sob um nome falso. De acordo com a Polícia Federal (PF), ele se apresentou como Maycon Gonçalves da Silva, que nasceu em 25 de março de 1971.

Alerta internacional e antecedentes criminais

Quando examinaram o sistema internacional, as autoridades da Bolívia encontraram um alerta da Interpol referente a Tuta, que fazia parte da Lista de Difusão Vermelha desde 2020 por crimes de “organização criminosa, lavagem de dinheiro e tráfico de drogas”. No Brasil, o criminoso já teve duas ordens de prisão decretadas pela Justiça, totalizando 12 anos e seis meses de reclusão.

A transferência de Tuta em território brasileiro envolveu a participação de 50 agentes da Polícia Federal, dos quais 12 pertenciam ao Comando de Operações Táticas (COT). O apoio logístico incluiu três veículos da PF e 20 do 8º Batalhão, além do helicóptero Águia. A custódia foi entregue à Polícia Federal em Corumbá (MS), cidade que faz fronteira com a Bolívia.

Tuta, da cidade sul-mato-grossense, viajou para Brasília em uma aeronave oficial. Ele foi escoltado por um total de 18 agentes da Polícia Penal Federal, com suporte das Polícias Militar e Civil do Distrito Federal. A operação foi coordenada conjuntamente pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública e o Ministério de Relações Exteriores.

Destino do líder do PCC

Existia a opção de transferir para a Penitenciária II de Presidente Venceslau, em São Paulo, famosa por acolher membros da alta hierarquia da facção. No entanto, por razões de segurança, optou-se pelo presídio federal em Brasília, onde Marcola também se encontra preso.

Lincoln Gakiya, o promotor que tem conduzido investigações sobre a organização por décadas, esclareceu que Tuta fazia parte da “sintonia primária”, contudo, não era o número 1 do PCC.

“Com a remoção do Marcola, ele foi elencado, nominado pelo Marcola, para ser o novo n° 1 do PCC, tanto dentro como fora dos presídios”, afirmou Gakiya. “É um velho conhecido nosso. Só que, em liberdade, ele atingiu o status, seria o novo Marcola na nossa concepção.”

As informações são da Revista Oeste

 

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