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Horrores no México: polícia descobre 381 corpos em crematório no norte do país

Caso evidencia a crise que o sistema forense do México enfrenta há anos

Caso evidencia a crise que o sistema forense do México enfrenta há anos

A descoberta de 381 corpos empilhados de maneira inadequada em um crematório privado em Ciudad Juárez foi confirmada pela polícia do estado de Chihuahua, no norte do México. No domingo (29), o Ministério Público local confirmou a informação e já iniciou uma investigação para apurar a possível negligência grave dos responsáveis.

De acordo com Eloy García, representante da promotoria, os corpos estavam “simplesmente jogados, de maneira indiscriminada, um sobre o outro, no chão, em diferentes salas do estabelecimento”. Todos os cadáveres estavam preservados e possuíam documentos de morte, sugerindo que haviam sido velados antes de serem encaminhados para a cremação – procedimento que, de fato, nunca ocorreu.

Acredita-se que o crematório continuou a receber corpos, mesmo excedendo sua capacidade operacional. As autoridades supõem que alguns dos cadáveres permaneceram no local por mais de dois anos. As autoridades já interrogaram um dos administradores, que pode ser responsabilizado criminalmente.

O órgão do Ministério Público enfatizou que, até agora, não existem sinais de violência nos corpos, no entanto, as apurações prosseguem para identificar a proveniência de cada uma das partes mortais encontradas. A revelação foi feita após receberem denúncias anônimas sobre odores desagradáveis e atividades suspeitas na área.

O sistema forense do México enfrenta uma crise há anos, como demonstrado pelo caso em questão. A elevada taxa de violência associada ao crime organizado leva os necrotérios e crematórios do país a operar frequentemente no seu limite. A escassez de recursos, pessoal e infraestrutura aprofunda ainda mais este problema, o que interfere no tratamento digno para os mortos e seus familiares.

Promessas de garantia de identificação dos corpos e comunicação com os parentes foram feitas pelas autoridades. Além disso, o Ministério Público está investigando se houve “omissão de fiscalização” por parte dos órgãos reguladores.

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